BENEDITA HOMENAGEIA TOM JOBIM NO QUARTO ANO DE SUA MORTE
Falecido há quatro anos, em 8 de dezembro de 1994, Tom Jobim foi homenageado nesta terça-feira (dia 8) pela senadora Benedita da Silva (PT-RJ) com uma apresentação da trajetória biográfica que o levou a ser um dos mais notórios "embaixadores da cultura brasileira". A homenagem talvez seja o penúltimo pronunciamento da senadora, que assumirá a vice-governadoria do Rio de Janeiro e deverá se despedir do Senado na semana que vem, conforme anunciou. Do nascimento do maestro à aprovação pelo Senado, no último dia 3, da mudança do nome do Aeroporto do Galeão para Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antônio Carlos Jobim, a senadora salientou a formação, os laços familiares, a inovação de sua obra, a fama nacional e internacional e os inúmeros parceiros com que Jobim criou peças musicais inesquecíveis. Entre as muitas parcerias de Tom Jobim destacadas por Benedita estão as canções compostas com Billy Blanco (como Tereza da Praia), com Vinícius de Morais, Sílvia Telles, João Gilberto. Intérpretes marcantes da obra de Tom Jobim, como Frank Sinatra e Elis Regina, também foram lembrados pela senadora, assim como as inúmeras criações para peças teatrais e cinema.Em aparte, o senador Francelino Pereira (PFL-MG) salientou o entusiasmo do maestro com a fundação do Centro Cultural do Banco do Brasil (RJ), cujos projeto arquitetônico, construção, inauguração e primeiros projetos foram coordenados pelo senador, então vice-presidente do BB. José Fogaça (PMDB-RS), por sua vez, fez questão de engajar-se na homenagem cumprimentando a senadora pela sensibilidade de ter trazido valores novos para o plenário do Senado, como a iniciativa de homenagear e destacar a importância cultural de músicos como Pixinguinha, Tim Maia e, agora, Tom Jobim, "síntese mais rica, elevada e exitosa" da genuína criatividade musical brasileira. As iniciativas da senadora revelam o vínculo que ela tem com seu povo, disse.Já para o senador Artur da Távola (PSDB-RJ), que nessa segunda-feira (dia 7), no Rio de Janeiro, lançou um livro sobre a bossa nova, Tom Jobim tinha "uma brasilidade intrínseca, que se acentua na fase de amor à natureza, à ecologia, aos pássaros" de suas músicas. O maestro, como Louis Armstrong - acusado de "embranquecer" o jazz -, também teve de dar conta de "muitas pancadas", como as desferidas contra a bossa nova, que sofreu "a tolice completa" de ser acusada de "alienação política", comentou o senador.
08/12/1998
Agência Senado
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