Beneficiários do Bolsa Família tem mais acesso a educação e saúde



Com o Programa Bolsa Família mais de 36 milhões de pessoas saíram da situação de extrema pobreza. Atualmente o programa beneficia 50 milhões de pessoas e está presente em todas as regiões do País. Durante a comemoração de dez anos do programa Bolsa Família, nesta quarta-feira (30), foi apresentado um diagnóstico da última década, que refletiu, positivamente em setores como educação e saúde dos brasileiros, bem como, a redução da desigualdade, da extrema pobreza e pobreza do Brasil.  

 Desde o lançamento do programa, em 2003, o governo federal já destinou quase R$ 120 bilhões aos beneficiados. Só este ano já foram mais de R$ 16,4 bilhões.

 Educação

De acordo com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio da Costa, ao longo desses dez anos, o Bolsa Família foi fundamental para proporcionar a inclusão de alunos nas escolas.

Além de incluir e dar segmento à permanência dos estudantes nas salas de aula, o Bolsa Família também contribui com qualificação dos beneficiários. Por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), cerca de 790 mil estudantes pertencem ao Bolsa Família.

Atualmente, há mais de 50 milhões de estudantes matriculados na educação básica, sendo 30% destes beneficiários do programa. “Nós fazemos a inclusão e ela (a transferência de renda) consegue manter o aluno, proporcionando a qualidade”, disse Costa.

Saúde

Para Rômulo Paes de Sousa, diretor do Centro Rio +, a melhoria da renda da população mais pobre reflete, inclusive, no nível de saúde das pessoas, sobretudo, das crianças. “A mortalidade em menores de cinco anos, quando comparamos no município que tem o programa consolidado, é menos 17% do que nos municípios onde o programa é pouco consolidado”, pontuou Sousa.

Além da redução da mortalidade, também houve redução nas internações hospitalares. As internações por todas as causas de doenças reduziu 16%, por doenças diarreicas (39%) e desnutrição (47%).  O balanço foi avaliado no período de quatro anos do Bolsa Família, entre 2004 e 2008.

Redução da pobreza

No âmbito da redução da pobreza e extrema pobreza, o programa vem trazendo resultados positivos ao país. “A desigualdade caiu mais do que 10% do que existia no início do programa. Conseguimos tirar uma boa quantidade da desigualdade, ainda somos desiguais mas já reduzimos bastante”, comentou Sergei Soares, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

 A política de transferência de renda ainda diminuiu de 8% para 4,7% da extrema pobreza no Brasil. Segundo Marcelo Neri, presidente do Ipea, “se não houvesse o Bolsa Família, a extrema pobreza aumentaria 36%.



30/10/2013 20:58


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