Bernardo de Souza lança livro no Solar dos Câmara



Personalidades das áreas jurídica, cultural e política lotaram o Solar dos Câmara, no final da tarde de hoje (09/09), para o lançamento do livro "Todo o Poder Emana do Povo - Quando tudo começou", de autoria do líder da bancada do PPS, deputado Bernardo de Souza. No livro, o parlamentar narra a implantação, a sistemática de funcionamento, as dificuldades e resultados da experiência pioneira de participação da sociedade na gestão dos recursos públicos, conduzida quando foi prefeito de Pelotas, entre os anos de 1983 e 1987.

A publicação contêm depoimentos de ex-secretários, subprefeitos, pesquisadores e jornalistas, fotografias antigas e matérias de jornais, instrumentos que levam o leitor a situar historicamente o processo de elaboração do programa e os métodos usados na dinâmica participativa. O pioneirismo de Pelotas na história da democracia participativa ganha, com a edição do livro, o necessário registro, que tendia a ficar perdido na medida em que outros programas foram sendo colocados em prática por administrações de diferentes partidos.

Para auxiliar a remontagem do cenário político da época, Bernardo de Souza foi buscar na memória de quem participou diretamente na concepção da sistemática seguida na década de 80 em Pelotas. As entrevistas ocorreram a partir de abril de 2000 e foram transcritas na forma de depoimentos, em linguagem informal. Tendo como suporte as notas de rodapé, permitem ao leitor o conhecimento de fatos e as características da política pelotense à época. Há relatos, também, daqueles que, de início observadores, acabaram por se "contagiar" com os resultados obtidos pelo "Todo o Poder".

MÉTODO - "A metodologia não é neutra, mas há princípios que fazem a diferença". Foi com este pensamento que o então prefeito de Pelotas e sua equipe montaram a estrutura e a forma de funcionamento do "Todo o Poder". A cidade, então com 300 mil habitantes, foi dividida em 32 zonas no início do programa, tendo chegado a 52 no final. Ao invés de grandes assembléias, o debate se dava em pequenos grupos, "para que, ao invés de discursos, houvesse conversas". Não havia limite de demandas, mas escolha das prioridades em ordem de preferência. A decisão global, com a montagem geral do orçamento público, recaía ao "assembleião", reunião com todos os delegados de zonas. "Jamais o povo deixou de deliberar sobre aumento de impostos. Pelo contrário, sempre os autorizou, no limite da inflação", conta o parlamentar. O mesmo tratamento era dado à política salarial do funcionalismo e ao custo operacional da máquina administrativa.

A publicação é da Editora da Universidade Católica de Pelotas (Educat) e já foi lançada em Pelotas, no final de agosto, e em Passo Fundo, na última quinta-feira.









09/09/2002


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