Bolsa Família é o primeiro passo para erradicação da extrema pobreza, diz Tereza Campello



Na opinião da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, não existe contradição entre a revisão do Orçamento Geral da União e a ampliação dos recursos do Bolsa Família, porque o programa é prioritário para o governo federal. A explicação foi dada durante o programa Bom dia, Ministro desta quinta-feira (3). A ministra falava sobre o reajuste de R$ 2,1 bilhões anunciado na terça-feira (1º) para o programa. 

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Segundo Tereza Campello, os ajustes e cortes feitos pelo governo são importantes para garantir um crescimento sustentável ao País, mas projetos prioritários, como o Bolsa Família, não serão mexidos, pois representam a realização do programa de governo e dos principais compromissos da presidenta Dilma Rousseff.

Na avaliação da ministra, o novo valor dado ao programa é mais do que um reajuste, mas o primeiro passo no plano de erradicação da extrema pobreza no Brasil. Trata-se, segundo ela, de algo que vai beneficiar famílias pobres e extremamente pobres com crianças.

Atualmente, o Bolsa Família atinge 50 milhões de brasileiros. São quase 13 milhões de famílias, sendo que 56% dos beneficiários são crianças e jovens com menos de 20 anos e um quarto da população beneficiada tem menos de 9 anos.

A possibilidade de fraude no recebimento do benefício foi esclarecida pela ministra, que detalhou as medidas que vêm sendo tomadas para garantir que os recursos cheguem realmente a famílias pobres. Para reduzir o índice de fraudes, que atualmente é de apenas 0,3%, famílias e municípios são obrigados a atualizar seu cadastro, sob pena de deixar de receber o benefício. Além disso, também são feitas auditorias permanentes em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU).

A ministra explicou que as famílias que melhoram de vida podem se desligar do programa a qualquer momento. “O governo federal não tem um processo de desligamento automático porque muitas vezes essa família consegue um emprego temporário, consegue um bico, melhora a sua condição, mas isso não é uma situação estável”, explicou Campello.

A ministra também falou das iniciativas do governo federal para inclusão produtiva dos beneficiários, que incluem medidas para ajudar as famílias a melhorarem suas capacidades, ajudar as crianças a se formarem, e ajudar jovens e adultos a ampliarem seu nível educacional, que é uma das condições para melhorarem sua condição de emprego. “Estamos ampliando os nossos cursos de qualificação, estamos ampliando o crédito, estamos ampliando a condição, e é isso que permitirá que essas famílias possam sair do Bolsa Família.”

Os recursos do Bolsa Família também têm provocado a dinamização comercial das regiões, principalmente no interior do País. Esse é mais um benefício gerado pelo programa, já que as famílias movimentam o dinheiro recebido quando compram alimentos, material escolar, remédios.


Fonte:
Blog do Planalto

 

03/03/2011 20:19


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