Bolsas incentivam alunos da Escola Politécnica



Iniciativa facilita a vida de estudantes de poucos recursos

Estudantes sem recursos financeiros encontram dificuldades para manter-se em cursos de dedicação exclusiva como o de Engenharia, por exemplo. Para esses alunos, a Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) oferece programas específicos de concessão de bolsas, por meio da Associação dos Engenheiros Politécnicos (AEP).

“Não basta entrar na faculdade, o aluno precisa permanecer nela. Por causa da carga horária que exige total dedicação, muitos desistem devido à baixa condição financeira”, explica o engenheiro Plácido Loriggio, diretor do Programa de Bolsas da AEP.

A iniciativa existe há 20 anos e é assistida por empresas e por ex-alunos da Escola Politécnica que contribuem com R$ 250,00 por mês para ajudar esses estudantes. Cada universitário recebe um salário mínimo mensal (R$ 415,00).

Atualmente atende 100 bolsistas. Rony Figueiredo e Leonardo Monteiro são dois contemplados pelo programa.

“Não teria a menor possibilidade de cursar Engenharia Mecatrônica sem esse aporte financeiro. O curso é integral. Estou no terceiro ano e a carga de estudos é pesada. Com a bolsa consigo pagar parte do aluguel do apartamento que divido com minha irmã Nathalia (que cursa Farmácia na USP) e comprar livros”, diz Leonardo. O rapaz sempre estudou em escola particular, “mas meu pai não têm condições de bancar a faculdade de dois filhos”.

Rony tem uma trajetória diferente da de Leonardo. “Vim de outro Estado e sempre estudei em escola pública. Cursei técnico em eletrônica na Escola Técnica Federal de Minas Gerais (Cefet-Minas)”. Quando chegou em São Paulo e entrou na USP, descobriu que poderia contar com o auxílio financeiro dessa bolsa. Morando no Conjunto Residencial da USP (Crusp), o aporte da bolsa o ajuda na manutenção da vida em São Paulo e com os livros.Conhecimento e lazer – A rotina dos estudantes é puxada. Além da jornada integral, ainda encontram tempo para aprender um idioma estrangeiro ou praticar esportes. Rony estuda inglês e francês nos cursos livres da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), enquanto Leonardo participa do grupo de Guerra dos Robôs, da Poli, e pratica atletismo no Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp).

Em agosto de 2007, Leonardo participou do Robocon, programa de intercâmbio entre a USP e faculdades de engenharia de várias partes do mundo. “Estagiei durante 15 dias, fiz vários amigos, ganhei experiência acadêmica e melhorei minha fluência no inglês”.

Com Rony não foi diferente. Aperfeiçoou seu inglês ao participar do Programa Work and Travel. “Trabalhei durante três meses na Pizza Hut nos Estados Unidos. Além da experiência gastronômica, os ganhos em dólar ajudaram a melhorar minha situação financeira. É uma experiência interessante que recomendo a todos”, aconselha. O estudante revelou que ainda este ano pretende participar novamente desse tipo de intercâmbio.

Da Agência Imprensa Oficial

(M.C.)



08/13/2008


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