Brasil atua para garantir paz na Síria sem intervenção externa
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta quarta-feira (10) que, ao negociar diretamente com o presidente da Síria, Bashar Al Assad, uma solução para a violência do país asiático, o Brasil assume a responsabilidade de integrante do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Para o chanceler, é fundamental intensificar os esforços para evitar o agravamento da crise.
Em busca de uma solução pacífica para encerrar a crise na Síria, diplomatas do Brasil, Índia, África do Sul e Turquia estão em Damasco, capital do País, nesta quarta em reuniões com autoridades do governo local. O representante brasileiro é o subsecretário para Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Paulo Cordeiro.
Após reunião na manhã desta quarta, Bashar Al Assad reconheceu abusos por parte do governo no enfrentamento dos protestos populares e se comprometeu a promover as reformas reivindicadas pelos manifestantes.
Segundo Antonio Patriota, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, deve divulgar ainda nesta quarta um relatório mais detalhado sobre os últimos acontecimentos na Síria. “Com isso, teremos mais informações e fortalecemos a mensagem da declaração presidencial da semana passada”, disse.
O governo do Brasil é contra medidas que indiquem ingerência ou sanções à Síria. As autoridades brasileiras defendem uma solução interna, que garanta a preservação dos direitos fundamentais, como os de expressão e de imprensa, o fim das violações aos direitos humanos e as reformas exigidas pela população.
Mas, para os Estados Unidos, o ideal é intensificar as sanções à Síria. A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, confirmou na terça-feira (9) que o governo do presidente norte-americano, Barack Obama, negocia com a comunidade internacional a imposição de mais restrições ao governo de Damasco.
Fonte:
Agência Brasil
10/08/2011 18:01
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