Brasil comemora Dia Mundial da Alimentação com avanços no combate à fome



No próximo dia 16 de outubro, será comemorado o Dia Mundial da Alimentação. No mundo, mais de 180 países organizam atividades e se mobilizam com o objetivo de reduzir a fome, que afeta 925 milhões de pessoas que não têm acesso à alimentação saudável, de qualidade, em quantidade suficiente e permanente. 

A data marca o aniversário de 66 anos de criação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). A volatilidade e o aumento dos preços dos alimentos são apontados como grandes responsáveis pela insegurança alimentar em nível mundial e motivo de preocupação para a comunidade internacional. Por isso, este ano o tema é “Preço dos alimentos – Da crise à estabilidade”.

A união se torna realidade quando Estado, organizações da sociedade civil e setor privado trabalham em parceria em todos os níveis para derrotar a fome, a extrema pobreza e a subnutrição. Segundo estudo da organização não governamental Action Aid, pelo terceiro ano consecutivo, o Brasil é o país mais preparado na luta contra a fome. O levantamento se baseou na avaliação das ações de 28 países em desenvolvimento.

Segundo a Action Aid, o País conquistou essa colocação devido à combinação das políticas de proteção social, inclusão do direito à alimentação na Constituição Federal, criação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, apoio à agricultura familiar e o plano para adaptação a mudanças climáticas.

Segundo a FAO, o Brasil tem demonstrado, ao longo dos últimos anos, que é possível aliar crescimento econômico e redução da pobreza.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) coordena ações que asseguram às famílias transferência de renda e direito à alimentação. Entre elas, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que compra a produção da agricultura familiar e repassa às redes socioassistenciais e equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional, entre outros.

Para Maya Takagi, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, é preciso assumir a realidade. “O governo federal reconheceu o tema como prioritário e chamou a sociedade civil. Avançamos na política, principalmente voltada para agricultores. Ampliamos a transferência de renda, com o Bolsa Família, e o acesso aos serviços.”

A primeira ação que garante a segurança alimentar, para a secretária, é o acesso à água. “A meta é construir cisternas para 750 mil famílias no Semiárido e a partir daí ampliar para outras regiões.”

 

Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome



13/10/2011 17:38


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