Brasil deve levar avanços da medicina à população carente, diz Mozarildo
O Brasil é hoje é referência mundial em medicina avançada e deve, na opinião do senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR), facilitar o acesso dessa tecnologia às camadas mais pobres da população, que estão desassistidas mesmo das práticas mais corriqueiras desse serviço. Na opinião do senador, que foi um dos autores do requerimento para realização da homenagem ao Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, esse é o principal desafio da área médica do novo século.
Segundo Mozarildo, apesar de toda sofisticação e complexidade dos tratamentos e das cirurgias empregadas pela medicina brasileira, esses serviços ainda têm um custo proibitivo para grande parcela da população. "Esse é um desafio, especialmente para nós, brasileiros, que temos uma tecnologia de ponta em diversas especialidades médicas", observou o senador, citando como exemplos os nomes de Ivo Pitanguy, na cirurgia plástica, Adib Jatene, na cirurgia cardíaca, e Aloysio Campos da Paz, cirurgião-chefe do serviço de ortopedia da Rede Sarah de Hospitais.
Mozarildo traçou um histórico da medicina ocidental, utilizando a divisão em cinco etapas adotada por Jean Bernard, da Academia Francesa. A primeira delas, chamada de "período mágico", em que o exercício da medicina confundia-se com a religião e a mitologia. A segunda, localizada na Grécia antiga, em que Hipócrates, considerado o "pai da medicina", atentou para a relação racional entre as causas, os sintomas e os tratamentos.
A terceira etapa, considerada como gloriosa para a área, durou apenas seis anos, entre 1859 e 1865, quando Pasteur desenvolveu suas primeiras experiências sobre micróbios e surgiram as vacinas e as cirurgias. No quarto período, conforme acentuou Mozarildo, ocorreu a fase terapêutica, com a descoberta das sulfas, dos antibióticos e as cirurgias mais modernas. Finalmente, com a chegada do século XXI, intensifica-se a fase da prevenção de doenças, do uso intenso das imagens para elaboração de diagnóstico e das drogas potentes.
De acordo com Mozarildo, os resultados já obtidos e as projeções de como evoluirá a medicina num futuro próximo apontam para a esperança de redução do sofrimento das pessoas. O senador citou os grandes vultos da história da categoria no Brasil, lembrando Osvaldo Cruz, Carlos Chagas, Artur Neiva, Adolfo Lutz, Emílio Ribas, Vital Brasil e o prof. Euryclides de Jesus Zerbini, entre outros.
17/10/2003
Agência Senado
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