Brasil e China discutem oportunidades de negócios no Brasil
Objetivando expor as oportunidades de investimento que o País oferece e fortalecer a cooperação bilateral entre Brasil e China, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio da Rede Nacional de Informações sobre o Investimento (Renai), recebeu na terça-feira (5) a visita de representantes do China Eximbank, banco de exportação e importação do governo chinês.
O coordenador-geral de Investimentos e Assuntos Internacionais da Renai, Mário Neves, abriu a reunião com um breve panorama da economia brasileira. Citando a consolidação do mercado interno local a partir da ascensão de brasileiros para a classe média, ele lembrou o aumento da demanda sobre o setor produtivo. "Precisamos modernizar nossa infraestrutura e contamos com a colaboração de nossos parceiros chineses para isso", disse Neves.
Participaram também representantes da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Ministério da Agricultura, além de empresas com atuação no setor.
Infraestrutura
Para o Gerente da Divisão de América Latina do China Eximbank, Yu Hailin, a boa relação do país com o Brasil favorece o estabelecimento de novos negócios. "A China dá muita atenção à relação bilateral com o Brasil. Nosso relacionamento é muito bom e isso é um ponto fundamental para a cooperação", ressaltou. Segundo ele, o mercado brasileiro é enorme e há muito espaço para cooperação.
Hailin destacou que o China Eximbank tem interesse em projetos de áreas variadas da economia brasileira, como energia, infraestrutura, agronegócio, tecnologia, mineração e manufatura. Ele explicou que o banco tem como finalidade auxiliar companhias chinesas na contratação de projetos no exterior e o encontro no MDIC visou prospectar oportunidades de negócios no Brasil.
Durante a reunião, foram apresentadas diversas vantagens competitivas que o Brasil oferece para empresas chinesas interessadas em investir no País. A liderança econômica na América Latina, o potencial do mercado interno, os grandes projetos estruturais previstos e a força dos setores automotivo, agropecuário e energético foram apontados como diferenciais.
A EPL destacou o esforço do governo federal para realizar melhorias na infraestrutura brasileira com o apoio do setor privado. Os principais projetos para essa finalidade são o Programa de Investimentos em Logística (PIL), com as concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. "Nosso planejamento unirá as cadeias de transporte com as cadeias produtivas a partir de uma rede logística integrada", explicou a assessora Ely Takasaki.
O PIL prevê investimentos de R$ 215 bilhões nos diversos modais de transporte existentes no Brasil. O programa de concessões, por sua vez, pretende melhorar a qualidade dos serviços e reduzir os custos com logística atraindo a iniciativa privada. "Vamos conciliar a urgência de investimentos com uma tarifa socialmente aceita e a garantia de atratividade para o investidor", completou Takasaki.
Entre as vantagens dos projetos, foi listada a expansão da infraestrutura existente rumo ao Norte e ao Nordeste, promovendo o desenvolvimento das regiões e o embarque da produção em locais mais próximos dos mercados de destino, e a possibilidade de integrar o sistema de transporte nacional a modais da América do Sul, o que permite acesso a pontos de escoamento no litoral do Oceano Pacífico.
Mineração e agropecuária
O setor de mineração foi outra área destacada no encontro. O enorme potencial do País na atividade foi ressaltada com números do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão do MME. O setor responde por 12% do PIB - US$ 82,3 bilhões. O Brasil possui algumas das maiores reservas do planeta em materiais como nióbio (1ª), grafite (2ª) e níquel (3ª), e realizou descobertas de metais preciosos recentemente. “Temos boa geodiversidade, um mercado consumidor de grande porte para dar escala aos projetos e com renda suficiente para consumir os produtos do setor”, expôs Tiago Cardoso, especialista em Recursos Minerais pelo DNPM.
A produção concentra-se de modo especial em metais (80%), não-metais (19%) e energia (1%) complementam as atividades, estabelecidas principalmente em Minas Gerais, Pará e Bahia. “Somos grandes produtores de metais, como minério de ferro, por exemplo, mas temos muito a crescer nas demais áreas”, disse Cardoso.
Foi recordada, ainda, a participação chinesa no setor energético brasileiro, por meio da presença no consórcio vencedor do leilão de Libra, e o peso estratégico da produção agropecuária brasileira para economia da China. “Incentivamos a interação dos investidores chineses com as associações de produtores de grãos no Brasil, principalmente soja e milho”, disse Adilson Farias, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)?. A grande demanda da China por carnes e alimentos também foi apontada, sendo que o Brasil é grande produtor global desses produtos.
Fonte:
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
07/11/2013 11:06
Artigos Relacionados
China pode oferecer oportunidades de negócios para o Brasil, dizem especialistas
Brasil recebe 18ª Bolsa de Negócios Turísticos do Mercosul em busca de oportunidades de negócios
Seminário apresenta oportunidades de negócios do Brasil na Colômbia
Oportunidades de negócios no Brasil atraem investidores estrangeiros
Missão ucraniana busca oportunidades de negócios no Brasil
Apex apresenta em Londres as oportunidades de negócios no Brasil