Brasil e Equador discutem criação de universidade amazônica
Em reunião na segunda-feira (30), no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com o secretário executivo Luiz Antonio Elias, o coordenador de Conhecimento e Talento Humano do Equador, ministro Augusto Espinosa, ressaltou o interesse de seu país em criar uma Universidade Regional da Amazônia, a partir da parceria do Brasil.
Segundo Espinosa, a ideia é formar uma rede de pesquisa com instituições de qualidade sobre temas relacionados à biodiversidade, às ciências da vida e ao manejo de recursos naturais. A rede contaria com um conselho superior responsável pela definição de critérios, linhas gerais, competência e objetivos.
Ao concordar com o projeto da universidade, Luiz Antonio Elias se referiu à proposta de carta de intenções atualmente em negociação entre o ministério equatoriano e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que visa à promoção da cooperação entre os dois países em temas de biodiversidade. Ele ressaltou a necessidade de inclusão de outras unidades de pesquisa em atuação na região Norte do Brasil, como o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), organização social que integra o conjunto de unidades de pesquisa da pasta.
Cooperação
O Acordo de Cooperação do Brasil com o Equador foi firmado em 1982 e atualizado pelo Acordo Complementar de outubro de 2001. Ao discutir a agenda bilateral em ciência, tecnologia e inovação, os representantes das duas nações concordaram sobre a necessidade de aprofundar a cooperação com ações concretas e em áreas específicas, entre elas, fármacos, engenharia ambiental, biodiversidade e capacitação de recursos humanos, como sugeriu Elias.
“Faremos um esforço positivo de redirecionamento na nossa cooperação”, afirmou. O secretário executivo do ministério destacou ainda o aspecto estratégico do tema proposto (biodiversidade), bem como a disposição do ministério em construir um trabalho mais cooperado.
“Certamente temos um campo muito vasto e amplo para apoiar conjuntamente. A experiência que temos com outros países é de chamada, edital comum, para que possamos, com recursos do Equador e do Brasil, impulsionar e incrementar as redes de pesquisa e os laboratórios para trabalhar e compartilhar os resultados da pesquisa”, disse Elias.
Também participaram do encontro o diretor do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Ministério de Relações Exteriores do Brasil, embaixador Benedicto Fonseca Filho, e a ministra-conselheira do governo do Equador Laura Doloso.
A Segunda Reunião da Comissão Mista de C&T (Brasil-Equador) deverá ser realizada nos dias 25 e 26 de junho.
Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
02/05/2012 16:11
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