Brasil e FAO firmam cooperação sobre segurança alimentar



Exemplo para o mundo na construção de políticas públicas de combate à fome e de superação da extrema pobreza, o Brasil deu na última  terça-feira (10) mais um passo rumo à consolidação do projeto nacional de desenvolvimento com redução das desigualdades sociais.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic, assinaram em Brasília, um acordo de cooperação técnica para o aprimoramento e a consolidação da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

“Esse acordo passa pela agenda política de fortalecimento da agricultura familiar”, disse a ministra, reforçando que a inclusão produtiva e as ações de Segurança Alimentar e Nutricional compõem o Plano Brasil Sem Miséria.

A parceria com a FAO, disse Tereza Campello, irá fortalecer o princípio do acesso ao alimento como direito humano básico, previsto na Constituição Federal. A assinatura do acordo contou com a presença do diretor-substituto da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, Márcio Correa.

Para a FAO, a cooperação técnica com o governo brasileiro é uma oportunidade valiosa para troca de experiências, já que o país conquistou reconhecimento internacional e tornou-se exemplo de nação que tem uma importante política de segurança alimentar e nutricional.

“O êxito do Brasil deve-se ao foco de suas políticas sociais serem direcionadas às populações mais pobres”, avalia Alan Bojanic. Segundo ele, outras nações têm muito o que aprender com a experiência brasileira. Ele citou como exemplo a África Subsaariana, onde uma em quatro pessoas enfrenta forme ou desnutrição, e onde foi implantado um projeto inspirado na experiência brasileira do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).          

Com investimento de US$ 13 milhões (o equivalente a R$ 30 milhões), o acordo de cooperação técnica do Brasil com a FAO terá duração de 48 meses. As ações, com término previsto para novembro de 2017, incluem o desenvolvimento de programas voltados à capacitação e formação de pessoal para melhoria da qualidade dos serviços prestados e dos equipamentos públicos, bem como de metodologia específica para fortalecer a gestão descentralizada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan).

A parceria prevê também estratégias para fomentar a produção agrícola e facilitar o acesso ao alimento e à água entre agricultores familiares, povos de comunidades tradicionais e grupos específicos, como indígenas e quilombolas. Os acordos de cooperação entre o Brasil e a FAO tiveram início em 2003. Ao todo, são 15 projetos nas áreas de produção agrícola, ambiental, pesca, gado e manejo da caatinga, desenvolvidos em cooperação com diversos ministérios.

Fonte:

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome



11/12/2013 10:43


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