Brasil e Países Baixos iniciam cooperação em desastres naturais



Os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e de Comércio Exterior e Cooperação para o Desenvolvimento dos Países Baixos se reuniram, nesta quarta-feira (8) para discutir o apoio bilateral em bioeconomia e mudanças climáticas. A ideia é trabalhar juntos em projetos científicos e tecnológicos para antecipar a ocorrência de desastres naturais em áreas de risco.

Para o secretário executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias, é tempo de avaliações. “Precisamos avaliar onde estamos e aonde podemos chegar, em um movimento de resultado efetivo para a sociedade”.

Lilianne Ploumen, ministra de Comércio Exterior, ressaltou o equilíbrio adquirido pela cooperação desde que as duas partes assinaram o primeiro acordo, em 1969. “Trinta e quatro anos atrás, a relação consistia em nós transferirmos tecnologia para vocês, mas agora temos de fato um intercâmbio, em diversos níveis”, observou a ministra.

Acordo

No encontro, a diretora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), Regina Alvalá, assinou um memorando de entendimento com o diretor para Adaptação Climática e Gerenciamento de Riscos do instituto Deltares, Cees van de Guchte.

Ambas as instituições se comprometem a desenvolver projetos de cooperação científica e tecnológica para antecipar a ocorrência de desastres naturais em áreas de risco. O Deltares faz pesquisa aplicada nos campos de água, subsolo e infraestrutura, especialmente em bacias hidrográficas, deltas de rios e regiões costeiras.

Segundo Regina, o Cemaden já mantinha acordos informais com os Países Baixos. “Entre vários aspectos relevantes do entendimento, a gente espera trabalhar em cooperação para avançar mais, sobretudo, em temas relacionados com a modelagem de inundações, fluxo de detritos e deslizamento de terra”.

Bioeconomia

O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Glaucius Oliva, informou números preliminares de chamada pública com a Organização Holandesa para Pesquisa Científica (NWO, na sigla em holandês), lançada em junho, com objetivo de apoiar projetos conjuntos de pesquisa e inovação em bioeconomia.

“Recebemos 37 inscrições para concorrer aos R$ 4 milhões disponíveis do lado brasileiro, mas três delas não tinham parceiro bilateral”, contou o presidente do CNPq. “Então, temos agora 34 projetos pré-selecionados, a serem avaliados por um comitê conjunto em dezembro. Ficamos surpresos com o bom número e esperamos que as atividades comecem já no início de 2014”.

Glaucius lembrou que o próximo edital do programa Ciência sem Fronteiras, a ser lançado segunda-feira (14), tem a Holanda entre os 19 destinos com vagas.  Até o momento, 987 bolsas foram concedidas para alunos brasileiros nos Países Baixos – 780 de graduação e 207 de pós-graduação. A ministra Lilianne elogiou a iniciativa e sugeriu a vinculação dos estudantes a projetos bilaterais.

Ao encerrar a reunião, Elias indicou como “uma boa perspectiva de trabalho conjunto” o desenvolvimento urbano. “Vocês têm uma experiência enorme e poderiam certamente, em cooperação, avançar conosco para nós nos apropriarmos melhor dessa capacidade na questão das cidades.”

Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação 



09/10/2013 10:58


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