'Brasil não aceita mais viver de números mentirosos', afirma ACM Júnior
O líder do DEM, Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), acusou o PT nesta quarta-feira (13) de tentar reescrever o passado ao invés de desenhar um futuro para o país. Em pronunciamento no Plenário, o parlamentar disse que "não há salvadores da pátria" e que é preciso acabar com a mistificação. Segundo ele, "o Brasil não aceita mais viver de números mentirosos, nem de discurso alheio à realidade dos fatos".
O senador disse que iniciativas como privatizações, Plano Real, Lei de Responsabilidade Fiscal, Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional (Proer) e câmbio flutuante recolocaram e mantiveram o Brasil no rumo do desenvolvimento.
Todos esses programas governamentais, alguns iniciados nos governo Itamar Franco - como o Real - e a maioria implantada na gestão Fernando Henrique Cardoso, "tiveram à época a oposição intransigente e antidemocrática do PT", afirmou o parlamentar.
Para Antonio Carlos Júnior, a melhor maneira de avaliar a importância do Plano Real é imaginar como teriam sido esses últimos anos se o país ainda convivesse cotidianamente com as contingências da superinflação. Ele lembrou que, à época, os trabalhadores gastavam suas energias em inesgotáveis pleitos por reposições e reajustes.
- Ninguém saia do lugar: nem as empresas, nem os trabalhadores. Ninguém ganhava, todos perdiam. Não havia progresso econômico que se sustentasse - disse.
O líder do DEM afirmou que o fim da inflação, a integração do Brasil à economia global, o aumento da produtividade, o crescimento econômico sustentável e a diminuição expressiva da pobreza são ganhos relacionados ao governo FHC e ao sucesso do Plano Real, "o fato econômico mais importante em muitas décadas" no país.
Mas, conforme o senador, se dependesse do PT, "quase nada teria sido feito". A estabilidade econômica, acrescentou, foi construída a duras penas e sob "oposição ferrenha e cruel do PT", que, conforme disse, "trabalhou contra o Brasil".
O parlamentar afirmou que, sem o Plano Real - "ao qual o PT se opôs" -, os salários dos trabalhadores estariam comprometidos e o país não teria empresas sólidas, geradoras de empregos e renda.
13/10/2010
Agência Senado
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