Brasil não avançou 'quase nada' no primeiro semestre do governo Dilma, avalia Aécio Neves




Ao fazer um balanço dos resultados dos seis primeiros meses do governo Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que o Brasil não avançou "quase nada" nesse período.

- Independentemente das nossas posições políticas, devemos concordar que a realidade nos convoca a constatar que em quase nada avançamos nestes primeiros seis meses de governo do PT. Pelo contrário, em algumas áreas importantes da vida nacional, retrocedemos - afirmou.

Na avaliação do senador, foram poucas as vezes na história recente do país que um governo federal "começou de forma tão desarticulada". Entre os problemas do atual governo, na opinião de Aécio Neves, estão as denúncias de irregularidades que levaram à queda de dois importantes ministros herdados por Dilma Rousseff do governo Lula.

- O afastamento de ambos nos remete à gravíssima questão do aparelhamento da máquina pública, que tanto mal vem fazendo ao Brasil nos últimos anos - disse.

Nesses seis meses o Brasil também apresentou recuo no campo da transparência pública, declarou Aécio, referindo-se em especial à aprovação do chamado regime diferenciado de contratações públicas (RDC) para as obras da Copa do Mundo de Futebol de 2014. Para o senador, o Brasil está caminhando no sentido contrário aos das sociedades modernas, que enxergam na transparência importante instrumento para a defesa da sociedade.

- Sem as já precárias salvaguardas da Legislação em vigor, imaginem os efeitos de mais flexibilidade para fazer, a toque de caixa, aquilo que não fomos capazes de realizar em quatro anos - alertou.

Aécio aproveitou para voltar a criticar a aprovação pelo Congresso Nacional da medida provisória que trata da construção de um trem-bala entre Rio de Janeiro e São Paulo. Para ele, o Brasil tem muitas outras prioridades em diversos setores, como a revitalização de portos e aeroportos.

O senador encerrou desejando que o Congresso Nacional tenha um segundo semestre mais produtivo neste ano.



13/07/2011

Agência Senado


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