Brasil não pode ser apenas exportador de 'commodities', diz presidente da CNI
Durante audiência pública encerrada há pouco no Senado, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirmou que um país de dimensões continentais como o Brasil "não pode se dar o luxo de viver apenas de bens primários, commodities e serviços". Comentário semelhante foi feito pelos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), e Armando Monteiro (PTB-PE), que já presidiu a CNI.
Em entrevista à Agência Senado, Robson Andrade disse que "não há países ricos, com distribuição de renda e inclusão social que não tenham uma indústria muito forte". Ao defender o fortalecimento desse setor, ele ressaltou que a indústria nacional é diversificada e está espalhada pelo país.
Durante a audiência, Robson Andrade e outros diretores da CNI apresentaram o Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022. Esse documento traz cenários e projeções, além de apontar dez "fatores-chave" para a competitividade industrial do país. Também aborda questões como as tendências nacionais e mundiais que afetam a indústria brasileira.
O diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Coelho Fernandes, afirmou, por exemplo, que "a China colocou o mundo de cabeça para baixo na área de manufatura".
Robson Andrade frisou que a indústria de transformação – que inclui a automobilística, de eletroeletrônicos e de calçados, entre outras – já representou cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e hoje representa 14% do PIB. O objetivo, diz ele, é chegar até 2022 com um percentual de mais de 20%.
18/06/2013
Agência Senado
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