Brasil paga caro por suas ineficiências, afirma Blairo Maggi
Em discurso nesta segunda-feira (1º), o senador Blairo Maggi (PR-MT) afirmou que o Brasil “paga caro por suas ineficiências”, prejudicando todos os setores produtivos. Na opinião do senador, a ineficiência nacional pode ser constatada nas rodovias que não funcionam, repletas de caminhões e outros veículos, atrasando e encarecendo o transporte da produção, por exemplo.
- Uma carga que demorava três, cinco dias para chegar ao porto, hoje leva dez dias, quinze dias para chegar. Tudo isso é ineficiência que acaba gerando custo, e esse custo não fica com ninguém. Simplesmente, é deficiência pura e simples daquilo que nós fizemos – afirmou.
Além disso, continuou Maggi, a capacidade de embarque dos portos brasileiros estão aquém das necessidades, então muitos navios ficam esperando para embarcar mercadorias, o que onera ainda mais o processo.
Para o senador, o Brasil precisa enfrentar seus problemas de logística “como se fosse um movimento de guerra”, pois a infraestrutura é muito fraca e ineficiente.
Maggi afirmou que o país tem dinheiro suficiente para aperfeiçoar a logística, basta apenas vontade e um projeto de governo feito com determinação, envolvendo governo, sociedade civil e empresas privadas.
- O problema da logística é o problema de cada cidadão brasileiro que quer comprar um automóvel, uma motocicleta; que quer sair, que quer andar e quer ver este país crescer, se desenvolver. Nós não faremos isso sem rodovias, sem ferrovias, sem aeroportos – disse.
Maggi observou que o país construiu nos últimos anos uma economia forte e que está sendo distribuída para toda a população. Mas acredita que a falta de infraestrutura impeça o acesso dessas pessoas a bens e serviços. Como exemplo, citou a dificuldade de fazer turismo dentro do Brasil por causa dos aeroportos lotados e vôos atrasados.
Em aparte, a senadora Ana Amélia (PP-RS) acrescentou que o inchaço da máquina pública e a falta de investimentos em infraestrutura impactam não apenas a produção agropecuária, mas também a indústria, o turismo e diversos outros setores.
01/04/2013
Agência Senado
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