Brasil participa da 4ª Cúpula das Américas na Colômbia
O governo brasileiro vai debater questões de segurança internacional como narcotráfico e tráfico de armas, em Cartagena das Índias, na Colômbia, durante a 4ª Cúpula das Américas. Depois da visita aos Estados Unidos, a presidenta Dilma Rousseff desembarca nesta quarta-feira (11) em Brasília e já se prepara para mais uma viagem internacional. Ela segue na sexta-feira (13) para aquele país.
Chanceleres da Argentina e do Brasil defendem participação de Cuba na Cúpula das Américas.
A cúpula discute ainda o embargo a Cuba, imposto há cerca de meio século pelos norte-americanos. Meses antes da realização do evento, uma reunião gerou polêmica. Em protestos à ausência dos cubanos - exigência dos norte-americanos -, os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, Evo Morales, da Bolívia e Rafael Correa, do Equador anunciaram um boicote ao encontro. No momento, apenas Correa mantém a decisão e disse que não irá à cúpula. O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, foi até Havana para se reunir com o presidente de Cuba, Raúl Castro, a fim de minimizar o mal-estar.
No Brasil, as autoridades brasileiras defenderam a participação de Cuba e reiteraram a necessidade de acabar com o embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos ao país caribenho desde 1962.
A exclusão de Cuba da Cúpula das Américas, segundo negociadores que participaram das reuniões prévias, deve ser tratada de forma reservada pelos presidentes que estarão presentes. O tema deve ser assunto do chamado retiro - momento em que os líderes debatem questões políticas. Há, também, a possibilidade de Dilma se reunir com Santos.
O Brasil e a Colômbia atuam de forma parceira nas operações de resgate de reféns, mantidos sob poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). No começo deste mês, aeronaves brasileiras e equipes de especialistas integraram as ações de resgate dos dez últimos militares e policiais mantidos em cativeiro pelos guerrilheiros.
Também estará em discussão na 4ª Cúpula das Américas a questão da segurança internacional da região - Américas do Sul, Central e do Norte. Os presidentes manifestaram preocupação com o aumento das ações dos traficantes de drogas e armas.
Os norte-americanos e colombianos negociam a instalação de bases militares dos Estados Unidos na região. O tema divide opiniões entre os países vizinhos, inclusive o Brasil, pois há um temor de ingerência dos Estados Unidos em assuntos internos.
Fonte:
Agência Brasil
11/04/2012 11:40
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