Brasil recebe prêmio internacional por pesquisa sobre tabagismo
O Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), recebem nesta quarta-feira (31) um prêmio de reconhecimento pela implementação da Pesquisa Especial de Tabagismo (Petab), cujos resultados foram divulgados em novembro de 2009.
O prêmio é oferecido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Fundação CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), parceiros na realização da Gats (Global Adult Tobacco Survey), pesquisa internacional cujo modelo serviu como base para a Petab. O Brasil foi um dos 14 países que participaram do projeto de realização de uma pesquisa sobre o uso de produtos derivados do tabaco em pessoas maiores de 15 anos de idade.
A Petab foi realizada pela Coordenação de Trabalho e Rendimento (Coren) do IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, com a coordenação, no âmbito do ministério, e atuação técnica do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) identifica o tabagismo como um fator de risco à vida a ser combatido com alta prioridade, tendo em vista a elevada ocorrência de mortes associadas ao uso do tabaco em todo o mundo. A realização da Gats e, no Brasil, da Petab visou à produção de dados sobre o uso do tabaco e seus derivados e compõe, com outros levantamentos, uma base de dados para subsidiar a aplicação de políticas relacionadas à Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Framework Convention on Tobacco Control), da qual o governo brasileiro é signatário.
Segundo a Petab, aplicada a uma mostra de 51 mil domicílios em 2008 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) cerca de 24,6 milhões de brasileiros de 15 anos ou mais de idade fumavam derivados de tabaco em 2008 - ou seja, 17,2% da população nessa faixa etária. Os percentuais de fumantes eram maiores entre os homens (21,6%), entre as pessoas de 45 a 64 anos de idade (22,7%), entre os moradores da região Sul do país (19,0%), os que viviam na área rural (20,4%), os menos escolarizados (25,0% entre os sem instrução ou com menos de um ano de estudo) e os de menor rendimento domiciliar per capita (19,9% entre os sem rendimento ou com menos de ¼ de salário mínimo). A pesquisa mostrou também que a quase totalidade dos fumantes (93,0%) afirmava saber que o cigarro pode causar doenças graves e que um pouco mais da metade deles (52,1%) disse que pensava ou planejava parar de fumar.
31/03/2010 17:30
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