Brasil se une a vizinhos no combate à exploração sexual
Foi lançada nesta sexta-feira (22), em Foz do Iguaçu (PR), a Campanha Trinacional de Combate à Exploração Sexual Infanto-juvenil (ESCI), iniciativa da Itaipu Binacional com apoio do Ministério do Turismo e órgãos de direitos humanos dos governos da Argentina e do Paraguai.
A campanha propõe um processo de integração das ações de proteção à infância e atuação conjunta nas cidades fronteiriças como Foz do Iguaçu, no Brasil, Cidade de Leste, no Paraguai, e Porto Iguaçu, na Argentina. São municípios que recebem grande fluxo de turistas de vários países durante todo o ano. Por isso, os hotéis, bares, restaurantes e serviços de transportes serão os principais alvos dos projetos de qualificação previstos na campanha.
O Ministério do Turismo contribui com a experiência do Programa Turismo Sustentável e Infância que, desde 2003, atua no enfrentamento do problema. Um dos produtos do TSI, O Manual do Multiplicador – Projeto de Prevenção à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Turismo, será material de referência nos cursos de qualificação do projeto. A publicação é fruto da parceria com a Secretaria de Direitos Humanos e o Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília.
O evento reuniu autoridades dos três países, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Sesi e a apresentadora Xuxa, madrinha do disque 100, serviço do governo federal que recebe denúncias de violações de direitos humanos no país.
O coordenador geral do TSI, Adelino Neto, abriu o evento falando sobre os projetos do TSI e as campanhas de divulgação do disque 100. A ação mais recente é o acordo de cooperação com o Sesi para incluir jovens em situação de vulnerabilidade social nos cursos de qualificação do Pronatec Copa Social, programa desenvolvido pelo MTur para a Copa do Mundo. “Estamos alcançando bons resultados com as campanhas de mobilização e conscientização do empresariado do setor de turismo”, disse o coordenador.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Miguel Samek, afirmou que a campanha resulta de um trabalho de mais de dez anos, quando entidades e governos se uniram na busca de soluções para enfrentar a exploração sexual infanto-juvenil no comércio da região. “Cada país fazia a sua parte, faltava apenas a integração de todos para uma atuação conjunta nesses municípios de fronteira”.
Fonte:
23/11/2013 11:51
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