Brasil vai alcançar muito antes de 2020 a meta de diminuição do desmatamento
A meta de diminuição do desmatamento na Amazônia será alcançada muito antes de 2020. A avaliação é do presidente Lula em seu programa semanal Café com o Presidente. Lula fez um balanço dos números divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente que mostram uma redução histórica dos índices. Destaca que na semana que será realizada a Conferência do Clima da ONU, Cop-16, em Cancun, no México, o Brasil vai mostrar que é um dos países que mais se empenha em manter suas reservas ambientais. A entrega de 30 escolas técnicas, além de 25 extensões universitárias e a inauguração da primeira eclusa de Tucuruí, no Pará são outros destaques do programa.
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Apresentador: Presidente, o senhor entregou na semana passada mais 30 escolas técnicas, além de extensões universitárias federais. Boas notícias na área de educação, não, presidente?
Presidente: Olhe, boas notícias sobre todos os aspectos, ou seja, nós vamos receber, na próxima semana, os estudos feitos pelo CDE (Conselho de Desenvolvimento de Educação)e vai ficar provado que o Brasil também começa a ter melhora substancial no Ensino Fundamental. E nós inauguramos, ou seja, mais 30 escolas técnicas, 25 extensões universitárias, e ainda este mês de dezembro nós vamos terminar de entregar tudo aquilo que nós prometemos. É importante lembrar que a gente tinha prometido 82 extensões universitárias, nós vamos entregar 126 extensões universitárias, e nós prometemos 214 escolas técnicas e vamos entregar 214 escolas técnicas. Esse é um passo extremamente importante, Luciano, porque vai colocando o povo brasileiro, sabe, numa confiança de que nós poderemos dar os passos que nós não demos nas décadas passadas. Só para você ter ideia, nós temos 704 mil alunos no ProUni(Programa Universidade para Todos), que é uma revolução a quantidade de jovens que eu encontro que estão estudando no ProUni. Com o REUNI Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) nós, praticamente mais do que duplicamos a renovação de estudantes na rede federal. A gente tinha uma renovação de 113 mil alunos por ano, nós, agora, passamos a ter 229 mil alunos por ano, ou seja, é mais do que o dobro. E com a inauguração dessas universidades, são 14 universidades federais novas, 126 extensões, mais as escolas técnicas, a gente está dando um salto de qualidade para colocar o Brasil num outro patamar. Eu estou convencido que a companheira Dilma vai continuar esse processo, porque todos nós já descobrimos há muito tempo que é através da educação, é através de muito investimento em educação, em ciência e tecnologia que a gente vai colocar o Brasil no patamar dos países altamente desenvolvidos.
Apresentador: Presidente, mudando de assunto, o senhor inaugurou, na semana passada, a primeira eclusa de Tucuruí, no Pará. Que benefício essa obra traz para a região?
Presidente: É importante lembrar, Luciano, que essa hidrovia, ela começou há quase 30 anos atrás, e por falta de dinheiro essa hidrovia não funcionou, as eclusas não foram feitas. E, quando nós entramos, nós fizemos um estudo e nós chegamos à conclusão de que era preciso colocar isso num programa especial e colocamos no PAC. Então, nós colocamos, praticamente R$ 1 bilhão, e eu tive o prazer de inaugurar uma das duas eclusas que estão prontas, permitindo que a gente tenha possibilidade de transportar 40 milhões de toneladas de cargas por ano. E o que eu acho importante é que vai atender, além do estado do Pará e a região de Tucuruí, vai atender Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Ou seja, vai baratear o custo do Brasil dos produtos que a gente vai mandar para os Estados Unidos e para União Europeia. É uma obra gigantesca. Eu que só conhecia o Canal do Panamá, eu fiquei muito feliz porque era uma obra que estava muito amarrada, ou seja, ela ficou parada praticamente 30 anos até que nós conseguimos inaugurar. Eu acho que a partir de agora nós tomamos consciência que outras eclusas precisam ser feitas para que a gente possa tirar proveitos dos nossos rios, além de cuidar deles com muito carinho, não permitir que haja assoreamento, que haja degradação dos nossos rios, nós queremos cuidar, mas, também, precisamos utilizá-lo como meio de transporte para tornar o Brasil cada vez mais competitivo e os produtos brasileiros chegarem aos consumidores, cada vez a um preço mais barato.
Apresentador: Presidente, dados revelados na semana passada mostram que houve uma queda histórica do desmatamento na Amazônia. O que os números mostram?
Presidente: Olha, primeiro, Luciano, eu fico extremamente feliz que a gente tenha conseguido um sucesso extraordinário na diminuição do desmatamento. Quando nós fomos a Copenhague no ano passado e nós levamos uma proposta de diminuir as emissões de gases efeito estufa em 39% até 2020, e que nós também nos comprometemos em diminuir o desmatamento da Amazônia em 80%, muita gente achava que era impossível. Portanto, o desmatamento que nós medimos agora já está afirmando que o Brasil vai alcançar, muito antes de 2020, a diminuição do desmatamento. Ou seja, há uma lição para todos. Primeiro, o governo aprendeu de que não basta proibir, de que não basta a Polícia Federal prender, de que não basta você multar, é preciso você conversar e dialogar. Na medida que o governo federal envolve prefeitos e governadores e, na medida que o governo federal coloca à disposição, de prefeitos e governadores ajuda para que esses estados possam se desenvolver sem precisar o desmatamento. E se houver desmatamento, que seja uma coisa feita de forma bem cuidada, com o manejo correto da floresta. A gente percebe que todo mundo participa e a gente percebe que os resultados são mais extraordinários do que apenas proibir ou perseguir. Ou seja, o governo resolveu conversar e eu acho que isso é extremamente importante. Eu quero dar os parabéns a nossa ministra do Meio Ambiente, a Izabella (Izabella Teixeira), pelo sucesso da diminuição do desmatamento.
Fonte:
Café com o Presidente
06/12/2010 18:55
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