Brasileiro nasce devendo R$ 5 mil
Quando o presidente Fernando Henrique Cardoso tomou posse, em 1995, a expectativa para quem nascia já não era favorável do ponto de vista da economia interna. O brasileiro vinha ao mundo devendo R$ 1.000, segundo contas feitas pelo professor de Economia Internacional da UFRJ, Reinaldo Gonçalves, e pelo historiador Valter Pomar.
Eles dividiram a dívida pública de R$ 153 bilhões pela população do País, então na casa de 153 milhões de pessoas. Atualizados os cálculos, a dívida pula para R$ 5.000, considerando a relação de quase 170 milhões de pessoas com a dívida interna, estimada em cerca de R$ 850 bilhões.
Segundo Gonçalves e Pomar, o endividamento na era FH foi grande e sem qualquer proteção. Se, por exemplo, fossem aplicados os mesmos R$ 1.000 na caderneta de poupança, em 1º de janeiro de 1995, o dinheiro hoje valeria menos 60%. (pág. 1 e 20)
"O sistema jogará para emplacar um nome próprio, mas, se não conseguir, irá comigo". Ciro ironiza o "discurso neo-oposicionista de José Serra, depois de oito anos como ministro" e critica o Governo pelo "deboche e desrespeito" com que trata Itamar Franco. "Nada justifica transformá-lo em palhaço". (pág. 1 e 10)
Atuando no exílio depois da prisão da mãe - também ativista - Marina não crê que uma vitória dos oposicionistas da Aliança do Norte trará vida melhor para seu povo. "Na verdade será uma traição: eles são apenas talibãs sem barba", acusa. (pág. 1 e 15)
O diretor nacional do Senac, Roberto Regnier, não vê problemas no orçamento do prédio que abrigará o Centro de Tecnologia Educacional. Segundo ele, o valor cresceu por causa do solo pantanoso do lugar. "Não há mutretas", diz. (pág. 1 e 3)
"O que ele faz é abrir nosso estado de consciência", garante, com o aval da Divisão de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal. Segundo Liege, que descende de índios guaranis e italianos, cerca de 50 indígenas já substituíram a cachaça pela ayahuasca. (pág. 1 e 4)
Roriz é o ator principal graças a uma entrega, sem licitação, de 49 lotes públicos para a construção de igrejas. O governador fez fama, e votos, em torno da distribuição de terras e lotes para famílias carentes no Distrito Federal. (pág. 2)
EDITORIAL
"Além do Horizonte" - Mais que provinciana, a reação negativa da oposição ao sucesso do presidente Fernando Henrique na viagem à Europa não se sustenta na realidade. Os críticos agridem os fatos quando afirmam que o presidente da República faz discursos diferentes para o público interno e para o público externo. Não se dão ao trabalho sequer de acompanhar o noticiário. Poucas vezes a agenda do Itamaraty foi tão sólida e coerente.
Com coragem e ousadia, o Brasil tem defendido o fim das barreiras protecionistas do mundo desenvolvido. Nos fóruns internacionais, tornou-se mais agressivo e acaba de obter vitória histórica sobre o Canadá no âmbito da Organização Mundial do Comércio. (...)
No Brasil, a oposição só tem uma postura a adotar: dar respaldo à agenda do Itamaraty. O argumento de que fazê-lo significa reconhecer méritos na ação diplomática do presidente Fernando Henrique é obtuso e canhestro.
Trata-se de visão oportunista, à medida que pretende tirar proveito de insatisfações domésticas de curto prazo. Na prática, confunde a opinião pública e presta um desserviço ao País. E só. (pág. 12)
COLUNAS
(Coisas da Política - Dora Kramer) - De quinta-feira a sábado, quando estará nos Estados Unidos para um encontro com o presidente George Bush, dia 8, e a abertura da Assembléia Geral da ONU, dia 10, o presidente Fernando Henrique Cardoso reafirmará o conteúdo dos temas abordados por ele na Europa e ainda ampliará a agenda para tratar com Bush das relações bilaterais Brasil-Estados Unidos, o que inclui o acesso brasileiro a medicamentos de patente americana.
Segundo o chanceler Celso Lafer, na conversa reservada com Bush, Fernando Henrique falará de relações comerciais, mas não será tão enfático na crítica ao protecionismo norte-americano quanto o foi no discurso aos parlamentares franceses.
A críticas mais duras no que diz respeito ao assunto, FH deixará para fazer no discurso na ONU. Além de ali ser um cenário de representação mundial apenas com endereço em Nova York, seria extremamente indelicado da parte dele fazer cobranças pesadas diretamente a Bush. Toca no assunto, mas diplomaticamente. (...) (pág. 2)
(Informe JB - Ricardo Boechat) - Estudos da Receita Federal estimam em 45 bilhões de unidades/ano o comércio clandestino de cigarros no Brasil.
É quase um terço de todo o consumo nacional.
Os impostos sonegados somam R$ 1,5 bilhão.
O maior fabricante pirata do setor tem endereço no Rio. (pág. 6)
11/04/2001
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