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Ao longo do tempo, a idéia foi conquistando importantes adeptos, e ganhou corpo com expedições ao Planalto Central ainda no século 19, além de ter sido inscrita como meta governamental em textos legais, inclusive na Constituição.

Do sonho de visionários e políticos arrojados, como José Bonifácio de Andrada e Silva, Brasília passou a realidade concreta. E se no início aparentava mais um monumento da moderna arquitetura, hoje é de fato o centro das decisões políticas e administrativas do país.

Símbolo de uma era de otimismo, a Brasília enfrenta atualmente problemas típicos de outros grandes centros urbanos, como o crescimento desordenado de suas cidades satélites e de sua periferia, além dos congestionamentos de trânsito. Adicionalmente, luta contra a visão errônea de que é a origem dos grandes males do Brasil, entre os quais a corrupção.

Mas em meio a esses dramas, e próxima dos 50 anos, a capital que espantou o mundo pela ousadia do traçado e a singularidade de seus edifícios, ainda cria novidades, assim como seu arquiteto maior. Próximo de fazer 100 anos, Oscar Niemeyer continua trabalhando. E vê mais dois projetos serem entregues à cidade: o Museu da República Honestino Guimarães e a Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola, inaugurados em dezembro do ano passado. Localizados na Esplanada dos Ministérios, ao lado da catedral, os edifícios, integram o Complexo Cultural da República.

Para marcar o aniversário da capital, o Senado realizou na manhã da quinta-feira (19) uma sessão especial, da qual participou o presidente da Casa, Renan Calheiros. Na sessão plenária da tarde, outros discursos foram proferidos em alusão aos 47 anos da capital. Nesta edição especial, a Agência Senado apresenta as homenagens feitas a Brasília pelos senadores, um relato da longa e histórica luta pela construção da cidade e um resumo dos seus principais aspectos geográficos e políticos.

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