Brasília sedia debate sobre a juventude rural



Nesta quarta (4) e quinta-feira (5), em Brasília (DF), durante a Oficina Juventude Rural e o Direito à Educação do Campo, representantes de movimentos sociais de todo o Brasil e do governo federal vão debater o futuro do jovem no campo.

O evento é realizado pelo Conselho Nacional de Juventude, em parceira com o Comitê Permanente de Juventude Rural do Condraf.

O objetivo da atividade é discutir o acesso da juventude rural à educação, além de contribuir na qualificação das políticas proporcionadas pelo governo federal aos jovens, como o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), o Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo) e o Programa Nacional de Inclusão de Jovens do Campo (ProJovem Campo).

Segundo a assessora especial para juventude rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ana Carolina Silva, a oficina tem como meta fortalecimento das politicas para a permanência da juventude e a sucessão no campo a partir da defesa da educação.

“Todas as políticas a serem discutidas nesta oficina de alguma maneira chegam diretamente à juventude rural. O que nós buscamos é uma maior reflexão dessas políticas, fazer uma avaliação, para ampliar o seu acesso. Queremos olhar de uma maneira mais geral aprofundando a concepção sobre os direitos da juventude”, avalia a assessora.

Ana Carolina afirma que a integração entre governo federal e sociedade civil é fundamental para aprimorar as politicas públicas ofertadas aos jovens rurais.

“Esta oficina abre um importante espaço de diálogo entre Governo e sociedade para o fortalecimento da educação do campo, apresentando recomendações necessárias para o desenvolvimento rural sustentável e solidário”, explicou Ana.

Participação social

A jovem Suzana Rossato, 25 anos, representará a União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) na oficina.

Catarinense de Pinhalzinho, Suzana demonstrou interesse em trocar experiências com agricultores familiares de outro estado. “Quero levar o que aprendi aqui para ver se alguém aproveita de alguma maneira, e tentar absorver ensinamentos que outros jovens de outros lugares vão compartilhar”, assinala.

Suzana, seus pais e seu irmão criam gado leiteiro e vendem os 10 mil litros de leite produzidos mensalmente a uma cooperativa da região. O próximo passo da família é fornecer o produto para a merenda das escolas do município, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

“Eu sou jovem e vivo do que produzimos. Tem gente que diz que não dá, mas dá sim. Não tenho nenhuma vontade de sair daqui”, conta a jovem.

Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Agrário 



04/12/2013 11:48


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