CABRAL TEME DESACORDO SOBRE EMISSÃO DE GASES NO PLANETA



Um mês depois de alertar o plenário para o impasse criado pelos países que se recusam a limitar a emissão de gases poluentes causadores do aquecimento do planeta, o senador Bernardo Cabral (PFL-AM) disse hoje (dia 1°) recear que a Conferência Mundial sobre o Clima, iniciada hoje em Kioto (Japão), não tenha êxito.

Segundo o senador, a reunião de representantes de 160 países está ameaçada de fracasso devido à divergência sobre a emissão de poluentes e sobre quem paga o custo da redução desses gases. Ele disse que o encontro deverá polarizar países desenvolvidos e subdesenvolvidos, porque o controle dos chamados gases-estufa consiste em restrições às atividades industriais e ao consumo de carvão, petróleo e outros combustíveis.

Bernardo Cabral lembrou que, há um mês, já lamentava que, às vésperas da Conferência, os países signatários da Eco-92 não tivessem ainda chegado a um consenso sobre a limitação dos gases poluentes. Ele disse que, há quase 10 anos, levou ao então embaixador do Brasil na ONU, Nogueira Batista, uma proposta de imposto internacional sobre poluição. Conforme o senador, a idéia não foi adiante porque os países mais poderosos não deixaram.

- Minha preocupação é que o dilema ambiental continue o mesmo de 1992 - disse o senador, ao explicar que os países altamente industrializados são os maiores provocadores do efeito estufa. Ele informou que apenas Alemanha e Inglaterra modificaram suas matrizes energéticas para reduzir os poluentes da atmosfera.



01/12/1997

Agência Senado


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