CAE adia discussão das PPPs, mas aprova realização de audiência pública sobre o tema



O vice-líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta terça-feira (15), na reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que os líderes partidários e os senadores membros da CAE deverão se reunir até no máximo nesta quarta-feira (16) para buscar um consenso em torno do projeto que institui as parcerias público-privadas no país. Enquanto os líderes não chegam a um consenso, a CAE aprovou requerimento do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), para a realização de uma audiência pública sobre o assunto.

Jucá prestou a informação após o adiamento, pela terceira semana consecutiva, da discussão e votação do PLC 10/2004, primeiro item da pauta da CAE na reunião desta terça-feira. Pela proposta, os governos federal, estaduais e municipais poderão firmar parcerias com investidores privados para obras e prestação de serviços públicos de infra-estrutura, como a construção de rodovias e portos ou a coleta de lixo e monitoramento do tráfego de uma grande cidade, por exemplo.

Segundo Jucá, o líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), que retornou ao Senado após passar por uma cirurgia para extração da vesícula, pretende comandar pessoalmente as negociações em torno do projeto. Vão ser convidados para a reunião, além dos líderes, todos os senadores interessados na discussão da matéria, além dos relatores do projeto na CAE, Valdir Raupp (PMDB-RO), e na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Rodolpho Tourinho (PFL-BA):

- Vamos conversar para buscar um entendimento. Discutir todas as emendas, analisar as sugestões e vermos se é possível se chegar a um acordo sobre o texto - explicou Jucá.

No curto debate que se seguiu, o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), autor de sete emendas ao projeto, reiterou seu desejo de ampliar a discussão e apresentou o requerimento de audiência pública, para a qual deverão ser convidados os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e do Planejamento, Guido Mantega, além do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa, do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Marcos Lisboa, e de juristas especialistas em direito econômico e licitações públicas.

A iniciativa foi considerada desnecessária pelo relator Raupp, que lembrou a relevância e a urgência da matéria para os projetos de desenvolvimento do Brasil.

- Espero que o bom senso prevaleça e os senadores entendam a importância de votarmos o mais brevemente este projeto - defendeu Raupp, para quem muitas das emendas sugeridas ao seu relatório são -de redação- e poderiam ser aproveitadas na CCJ, passo seguinte da tramitação do projeto na Casa.



15/06/2004

Agência Senado


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