CAE discute política econômica com Palocci
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, volta pela segunda vez à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta terça-feira (30), a partir das 10h, para debater a política econômica do governo, o novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os seus efeitos sobre a oferta de emprego, e como ativar os investimentos no país. As discussões com os senadores devem seguir uma linha semelhante à adotada na audiência da quinta-feira passada com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
As questões que prometem gerar mais polêmica, de acordo com integrantes da CAE, são os juros impeditivos ao crescimento econômico e a necessidade de um superávit primário (receita menos despesa excetuando o pagamento dos juros) elevado, o que restringe a capacidade de investimento do governo. Palocci terá oportunidade de responder às críticas que a área econômica vem sofrendo até de partidos e parlamentares integrantes da base governista.
O requerimento dos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) previa a participação conjunta de Palocci e Meirelles. Mas as dificuldades de agenda modificaram a marcação das audiências. O líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), tentou na última hora convencer o presidente da CAE, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), a aceitar que Palocci viesse no mesmo dia da audiência já marcada com Meirelles. Tebet, porém, manteve as audiências separadas como alternativa de aprofundar os debates com os dois comandantes da política econômica da administração de Luiz Inácio Lula da Silva. Meirelles afirmou na audiência da última quinta-feira que a retomada da atividade econômica começará a ser percebida a partir de julho.
29/03/2004
Agência Senado
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