CAE discute reforma do ICMS e dívidas dos estados



 

VEJA MAIS

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deu início, nesta manhã, à reunião em que o senador Delcidio do Amaral (PT-MS) vai ler seu relatório ao projeto de resolução que unifica gradualmente as alíquotas interestaduais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) até 2025.

Conforme previsão do presidente da CAE, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o projeto só deverá ser votado na próxima reunião da comissão, no dia 23. O projeto de resolução enviado pelo Executivo (PRS 1/2013) reduz para 4% as alíquotas interestaduais, hoje de 7% nos estados avançados (Sul e Sudeste) e de 12% nas demais unidades da Federação.

Para compensar as perdas de arrecadação, os estados seriam beneficiados por dois fundos - um de compensação de receitas (FCR) e um de desenvolvimento regional (FDR) - criados pela Medida Provisória 599/2012.

Além de se assentar no projeto de resolução e na medida provisória, a solução do Executivo para a guerra fiscal contempla um projeto de lei complementar em tramitação na Câmara dos Deputados – o PLP 238/2013. Como a proposta está parada na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara (CFT), o senador Wellington Dias (PT-PI) apresentou no Senado projeto com idêntico teor, que é o segundo item da pauta da CAE nesta terça-feira.

Incentivos

O projeto de Wellington Dias viabiliza a convalidação dos incentivos fiscais concedidos pelos estados sem a aprovação unânime do Conselho de Administração Fazendária (Confaz), considerados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O meio para isso é a redução do quórum para deliberação no Confaz, de unanimidade para três quintos das unidades federadas e um terço dos estados integrantes de cada uma das cinco regiões do país.

Para facilitar o entendimento, o projeto de Wellington Dias traz uma solução para os contratos de rolagem de dívidas assinados pelos estados na década de 1990. Ele quer reduzir os encargos dessas dívidas, com a troca do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Além disso, os juros reais são reduzidos para 4% – alguns contratos prevêem juros de até 9%.



16/04/2013

Agência Senado


Artigos Relacionados


Dívidas dos estados, ‘royalties’, FPE e ICMS terão prioridade na Comissão do Pacto Federativo

CAE debate dívidas estaduais e reforma do ICMS nesta terça

CAE aprova compensação aos estados por perdas na reforma do ICMS

Nova proposta da reforma do ICMS tem apoio de 24 estados

CAE aprova reforma do ICMS com salvaguardas para estados

Audiência discute cobrança de ICMS por estados produtores de petróleo e energia elétrica