Câmara aprova texto principal da MP do Mais Médicos



A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (9), após participar de sessão solene em homenagem aos 25 anos da promulgação da Constituição Federal, no Congresso Nacional, que ficou muito animada com a aprovação da Medida Provisória 621, que cria o Programa Mais Médicos.

A votação ocorreu na Câmara dos Deputados quando foi aprovada na madrugada desta quarta-feira (9), em votação simbólica, e que tinha como texto principal a Medida Provisória 621, que cria o Programa Mais Médicos. Ainda irão passar por votação em sessão extraordinária da Câmara nesta tarde 13 destaques ao texto principal. 

O texto aprovado foi apresentado pelo relator da MP, deputado Rogério Carvalho (PT-SE), depois de mais de seis horas de votação que contou com obstruções pelos partidos de oposição e também pelos deputados da bancada ruralista.

A MP 621 autoriza a contratação de médicos estrangeiros para atuação na atenção básica de saúde, em regiões que não dispõem desses profissionais (como em municípios do interior do país e áreas das periferias das grandes cidades) e também muda parâmetros da formação em medicina no Brasil.

Entre as modificações feitas no texto original do governo e aprovadas pelos deputados, estão a transferência da responsabilidade de registro para o Ministério da Saúde e a obrigatoriedade de revalidar o diploma após quatro anos no programa, além da avaliação de estudantes de medicina a cada dois anos.

O relator Rogério Carvalho defendeu o texto aprovado pela comissão mista do Congresso que apreciou a MP. Segundo ele, o texto melhorou a proposta do governo e trouxe avanços para o programa como a determinação para que o Sistema Único de Saúde (SUS) tenha um prazo de cinco anos para montar a infraestrutura necessária nas unidades básicas de Saúde.

Outra modificação aprovada pelos deputados foi a que transfere a responsabilidade para a emissão do registro provisório dos médicos estrangeiros dos conselhos regionais de Medicina para o Ministério da Saúde. O médico estrangeiro que participa do programa não poderá exercer o ofício da medicina fora das atividades do Mais Médicos.

No texto aprovado pela Câmara, foi mantido os artigos que estabelecem a bolsa de formação de R$ 10 mil para os participantes do programa, sem qualquer direito trabalhista, como 13º salário e contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Programa Mais Médicos

Lançado pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país, como os municípios do interior e as periferias das grandes cidades. Os médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em Atenção Básica.

O governo federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação desses estabelecimentos de saúde, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.

Fontes: 
Agência Brasil 
Blog do Planalto 



09/10/2013 15:59


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