Camata deixa PMDB e denuncia envolvimento de líderes capixabas com crime organizado
O senador Gerson Camata (ES) não faz mais parte da bancada do PMDB no Senado. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (15) pelo senador, em reação ao que chamou de -assalto do partido- por pessoas envolvidas com o crime organizado. Camata disse que, depois de buscar influir no Poder Judiciário, o crime organizado tenta agora -lançar seus tentáculos sobre a classe política-. A convenção do PMDB capixaba, realizada neste domingo (14), seria um exemplo disso.
Camata disse que foram eleitos para a Executiva Regional do partido pessoas contra as quais pesam graves acusações de improbidade. Para presidente foi eleito Marcelino Fraga, que responde a seis processos judiciais, e fazem parte da Executiva Guerino Zanon, acusado de remeter verbas públicas para a faculdade de que é dono, e Wilson Hase, ex-secretário de Educação, também acusado de desvio de verbas.
- Um movimento nacional está em andamento. O crime organizado começa a tentar penetrar e colocar tentáculos na política. A ex-deputada Rita Camata já se desligou e é com pesar que o faço. Durante anos servi ao partido, mas não posso continuar em uma legenda conspurcada - disse o senador.
Camata disse ainda lamentar pelos peemedebistas honestos que permanecem. Eles, segundo o senador, terão dificuldades nas eleições municipais do ano que vem para explicar a presença em palanques de pessoas envolvidas em irregularidades.
15/09/2003
Agência Senado
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