Camata reclama de gastos do governo com Fernandinho Beira-Mar
O senador Gerson Camata (PMDB-ES) reclamou nesta terça-feira (6), em pronunciamento, da "farra patrocinada com dinheiro do contribuinte brasileiro que é o passeio de marginais, de jatinho, de um estado para outro, com um forte aparato policial, não só das polícias militares locais, mas também da Polícia Federal".
Gerson Camata referiu-se ao deslocamento do traficante Fernandinho Beira-Mar, que cumpre pena de prisão no Paraná e esta semana foi ao Espírito Santo prestar depoimento no fórum de Vitória, "com direito a visitas e regalias durante o trajeto", disse o senador, questionando o fato de o Supremo Tribunal Federal permitir o abuso.
O senador também defendeu projeto de lei de sua autoria que obriga o advogado a declarar à Receita Federal a origem do dinheiro que lhe paga os honorários. Ele argumentou que bandidos "mantêm advogados caríssimos, que se movimentam em jatinhos com assistentes e secretárias" e que é preciso saber de onde vem esse dinheiro.
Gerson Camata questionou ainda outra decisão das autoridades judiciárias brasileiras: a não extradição de Fernandinho Beira-Mar para os Estados Unidos. As autoridades americanas pediram a extradição devido ao fato de que Beira-Mar, quando atuava nas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs), ter ajudado a introduzir drogas nos Estados Unidos.
- Dêem a extradição! Ele vai dar mais trabalho aqui. Lá, pega uma prisão perpétua ou pena de morte. Aqui, só num episódio de deslocamento foram-se R$ 200 mil do contribuinte - protestou.
O senador Camata lembrou ainda acontecimento relativo ao indulto de Natal concedido pela Justiça. Conforme relatou, um homicida da penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, condenado a 61 anos de prisão, recebeu o abono e não retornou.
- Foi preso em Vitória montando uma central de tráfico de cocaína destilada no local. E estava preso somente há oito meses - estranhou o parlamentar.
06/03/2007
Agência Senado
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