Camini e Bisol falam sobre escola Tiradentes na Comissão de Educação
Atendendo convocação do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Zambiasi, a secretária da Educação, Lúcia Camini, e o secretário da Segurança, José Paulo Bisol, prestam depoimento sobre a situação da Escola Estadual Tiradentes na Comissão de Educação, presidida pelo vice presidente deputado Edson Portilho (PT).
Lúcia Camini garantiu que o Estado vai assegurar o direito dos alunos do Tiradentes às vagas no estabelecimento e negou que o governo pretende fechar a escola. Ela disse ainda a necessidade de espaço para o acesso à função policial levou a SEC em conjunto com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) a promover uma readequação do espaço da escola e ceder apenas três salas administrativas para a Academia de Polícia, sem prejuízo à normalidade do ano letivo. Ela afirmou que a escola possui um bom quadro de servidores com 22 professores, sendo três funcionários da SEC e mais três da SSP.
Já o secretário José Paulo Bisol considerou que a escola Tiradentes perdeu o fundamento institucional, podendo ser fechada a qualquer momento por um mandato de segurança e que o governo pretende dar-lhe suporte constitucional e legal. Ele entende que é preciso fazer a transferência da escola da órbita da segurança pública para a área da SEC, mantendo a Tiradentes em funcionamento.
Por sua vez, a deputada Iara Wortmann (PMDB) constatou que os depoimentos dos dois secretários estaduais mostram-se antagônicos e manifestou sua preocupação com as declarações do secretário Bisol, que assumiu a posição de salvador da Tiradentes. Iara Wortmann afirmou que nenhum governo pode modificar uma decisão do Conselho Estadual de Ensino, seja para criar ou fechar uma escola e observou que somente numa ditadura se faz fechamento por canetaço. E a presidente do Centro de Pais e Mestres (CPM) da Escola Tiradentes, Maura Polidoro Cabral, disse que a comunidade escolar discorda da necessidade de cedência das salas por entender que a medida causa transtorno aos alunos, devido ao projeto pedagógico que fica prejudicado com a redução do espaço e indagou ainda sobre quais são os planos da SEC e da SSP para o estabelecimento.
04/10/2001
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