CAMPOS CRITICA ALTERAÇÕES NO PLANO URBANÍSTICO DE BRASÍLIA



O senador Júlio Campos (PFL-MT) protestou contra as agressões que, segundo ele, têm sido feitas ao plano original de Brasília e ao espaço que foi tombado pela Unesco como patrimônio da humanidade. O senador destacou que construções não previstas, planejadas e executadas em função dos interesses mais diversos, não param de surgir.

- Está em andamento uma espécie de vale-tudo, em todos os setores da geografia do Distrito Federal. Aqui, instalou-se o costume de atropelar as leis ou até defende-se a infração, por meio da política do fato consumado - disse.

Júlio Campos observou que a própria Praça dos Três Poderes, "um conjunto majestoso", está sendo vítima de um processo constante de descaracterização, com proliferação de anexos, "alguns formando espigões, algo inimaginável na leveza da concepção original".

Segundo o senador, aos 38 anos de existência, Brasília está distanciando-se com muita velocidade da concepção original. Júlio Campos concluiu seu pronunciamento, citando o arquiteto e urbanista Lúcio Costa, que, em entrevista ao Correio Braziliense, no dia 27 de julho de 1997, declarou: "É a coexistência, lado a lado, da arquitetura e da antiarquitetura, que se alastra; da inteligência e da antiinteligência, que não pára; do desenvolvimento com o subdesenvolvimento".



08/06/1998

Agência Senado


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