CAMPOS PEDE MAIS RECURSOS PARA SANEAMENTO BÁSICO
O senador Júlio Campos (PFL-MT) fez nesta sexta-feira (dia 22) um apelo para que não faltem recursos para saneamento básico no Brasil. Em discurso proferido no plenário, ele pediu aos parlamentares integrantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO) que não reduzam os recursos para o setor.- Basta ver que os valores retidos serão logo reclamados pela aceleração das despesas dos hospitais e ambulatórios públicos, em face do crescimento do número dos que os procuram, padecendo de doenças causadas pela contaminação da água e pela falta de tratamento do esgoto sanitário - disse o senador.O parlamentar elogiou a política de saneamento implementada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, esse governo "não tem descuidado de promover as soluções possíveis para os problemas do meio ambiente urbano". Júlio Campos citou edição de julho de 1998 da revista Veja, que atribuiu ao Ministério do Planejamento a informação de que 35 milhões de brasileiros passaram a ser beneficiados pela implantação de infra-estrutura de saneamento básico.O representante do Mato Grosso destacou obras de saneamento em seu estado e também no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Enalteceu também o programa Pró-Saneamento, que financia benefícios para famílias com renda de até 12 salários mínimos. Mas Júlio Campos lembrou que dezenas de milhões de brasileiros ainda residem em favelas, cortiços e palafitas sem qualquer infra-estrutura.O senador mostrou , no entanto, que mesmo onde há saneamento, há problemas. Ele destacou a necessidade do tratamento do esgoto sanitário, o que é feito com somente 10% dos resíduos das cidades.- Não se há de ignorar, decerto, que os rios responsáveis pelo abastecimento de nossas cidades, agredidos de todas as formas e sem merecer a devida proteção ecológica, têm prazo reduzido de existência - afirmou Júlio Campos.Em aparte, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) elogiou a preocupação de Júlio Campos com os problemas de saneamento, mas afirmou que é importante tomar consciência de que o país quebrou, tornando o orçamento uma simples peça de ficção. Para Requião, o governo de Fernando Henrique Cardoso acabou "e somente os áulicos, os famosos puxa-sacos, não enxergam que o governo está sem limites".
22/01/1999
Agência Senado
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