Carlos Bezerra assume presidência da Comissão Mista de Orçamento



O Senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) assumiu nesta quarta-feira (dia 23) a presidência da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, convocando reunião com todos os líderes dos partidos no colegiado para discutir as causas da crise energética e possíveis soluções. "No orçamento, a questão está às escuras", criticou Carlos Bezerra, justificando a convocação, já para a próxima semana, do ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Martus Tavares, para explicar as razões da omissão do governo no setor.

A reunião dos líderes servirá para definir a contribuição do Parlamento para a superação do problema, afirmou Carlos Bezerra.

- Somos pobres com mania de ricos, desperdiçamos tudo, e este "apagão" servirá para que repensemos o país e especialmente nossos exageros no uso de água e de energia e em outros setores, como o do lixo urbano - disse o senador.

O novo presidente reafirmou seu compromisso de fortalecer a comissão e garantiu que se empenhará para que ela atue como "coluna vertebral" do Congresso na "luta política para que o país seja mais justo socialmente". Carlos Bezerra revelou que pretende retomar as discussões regionais das prioridades do governo e que, se possível, percorrerá o país, discutindo o Orçamento Geral da União.

Em decorrência de gestões de parlamentares como o senador Jonas Pinheiro (PFL-MT) e os deputados federais Sergio Miranda (PC do B-MG), Wilson Santos (PMDB-MT) e Ricardo Barros (líder do governo na comissão), o senador Carlos Bezerra tomou a decisão de marcar para a próxima quarta-feira (dia 30) depoimento do ministro do Planejamento, a fim de que ele preste esclarecimentos sobre o cumprimento das metas fiscais, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O presidente da Comissão de Orçamento anunciou que aproveitará a ocasião para cobrar do governo o não cumprimento dos convênios firmados em 1999 e 2000 com as prefeituras e que estariam sob ameaça de cancelamento. Estimativas da comissão indicam que o governo precisa de R$ 9 bilhões para a execução de tais convênios, mas teria somente R$ 500 milhões em caixa.

23/05/2001

Agência Senado


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