Carlos Bezerra cobra reforma de estrada no Mato Grosso para escoamento da produção
- Os produtores pagam seus impostos, ICMS e taxas do Fethab (Fundo de Transporte e Habitação), mas deparam-se com a indiferença das autoridades estaduais quando se trata de viabilizar a estrada de que depende a economia daquela macrorregião produtora - disse.
São 41 fazendas, observou, que não conseguem, no período chuvoso, comercializar sua produção devido às más condições da MT-040. Com isso, acrescentou, "perdem os fazendeiros, perdem suas famílias e seus empregados e perde o estado, que, incrementada a renda da pecuária local, também poderia arrecadar mais".
Carlos Bezerra lembrou que os caminhões dos produtores, carregados, principalmente de boiadeiros, não conseguem subir a Serra de São Jerônimo e os produtos, destacou, não podem ser vendidos nas épocas certas. O senador disse que tratores têm que ser mobilizados para fazer avançar os caminhões.
Em 1996, informou o parlamentar, um grupo de 31 desses fazendeiros tomou a iniciativa de abrir um novo trecho de estrada, de 40 quilômetros de extensão, para contornar a reserva indígena dos Bororós. De acordo com Carlos Bezerra, eles investiram na consolidação do leito, em 4 pontes, em passagens d"água e, salientou, só não puderam concluir o corte definitivo da Serra de São Jerônimo, um obstáculo natural que precisa ser transposto.
- Os produtores, abandonados pelo governo, nem por isso deixam de pagar os tributos estaduais. Pagam a taxa do Fethab, de legalidade duvidosa, pois ela está sendo contestada, em Ação Direta de Inconstitucionalidade, por caracterizar bitributação - disse o senador, afirmando que essa ação está sendo movida pela a Federação de Agricultura de Estado do Mato Grosso (Famato).
12/12/2001
Agência Senado
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