Carlos Patrocínio critica resistência burocrática à concessão de vistos a estrangeiros
O senador disse que os problemas do mercado de trabalho brasileiro não são causados pela vinda de executivos para ocupar cargos de direção em multinacionais. Em sua opinião, a política de dificultar a concessão desses vistos representa um autêntico "tiro no próprio pé", um "gol contra" os interesses do Brasil.
Patrocínio pediu ao ministro do Trabalho, Franscico Dornelles, que adote uma política mais flexível na concessão desses vistos, observando que manter a atual postura prejudica a inserção do Brasil no mundo globalizado e o estratégico posicionamento regional do país.
O senador disse que essa política é importante para o país e crucial para a meta a que se propôs a cidade de São Paulo de tornar-se o centro econômico e de tomada de decisões da América Latina no mundo globalizado. Além de prejudicial a São Paulo, ele acha que essa política é nociva a todo o país, até porque o governo anuncia para breve a criação da Agência de Promoção ao Investimento Estrangeiro.
Para Carlos Patrocínio, não faria sentido o Brasil despender recursos para atrair investidores estrangeiros e, ao mesmo tempo, praticar uma política que sugere que os executivos estrangeiros não são bem-vindos.
- Afinal, seria muita ingenuidade supor que uma empresa estrangeira vá investir centenas de milhões de dólares no Brasil sem enviar para cá uma parte de sua própria equipe - disse ele.
Em aparte, o senador Lauro Campos (PDT-DF) voltou a dizer que não considera a globalização vantajosa para o Brasil.
23/10/2001
Agência Senado
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