Casagrande decide nesta terça se aceita participar da relatoria da segunda representação contra Renan
O senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos três relatores da primeira representação por quebra de decoro parlamentar aberta no Conselho de Ética contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou, em entrevista à Agência Senado na tarde desta segunda-feira (13), que ele deverá decidir nesta terça-feira (14) se aceita ou não o convite do presidente do colegiado, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), para que assuma também a relatoria da segunda representação, que pode ser compartilhada, a exemplo da primeira, com os senadores Almeida Lima (PMDB-SE) e Marisa Serrano (PSDB-MS).
- A consulta foi feita. Nós vamos refletir juntos amanhã. Precisamos saber se aceitar esse convite não vai implicar num atraso do processo que já está em curso. Uma representação não pode atrapalhar a outra. São processos separados - disse Casagrande.
No momento, Renan Calheiros é investigado no conselho pela suspeita de ter tido contas pessoais pagas por um funcionário da construtora Mendes Júnior (primeira representação). Aguarda instalação e designação de relator (ou relatores) o processo que deverá apurar a denúncia de que Renan teria usado seu prestígio político para livrar a cervejaria Schincariol de dívidas junto a órgãos do governo, após a empresa ter adquirido uma fábrica de seu irmão, deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), bem como denúncias de apropriação indevida de terras em Alagoas. Ambas as representações foram protocoladas pelo PSOL e tiveram origem em reportagens veiculadas pela imprensa.
Questionado sobre a possibilidade de os mesmos relatores serem convidados para assumir ainda uma terceira representação - deve ser enviada ao conselho ainda nessa semana, após reunião da Mesa, representação do DEM e do PSDB que solicita a apuração da denúncia de que o presidente do Senado teria utilizado "laranjas" para se tornar "sócio oculto" de empresas de comunicação de Alagoas com recursos de origem desconhecida - , Casagrande observou que outros membros do colegiado também podem se tornar relatores.
O senador voltou a afirmar que a perícia que a Polícia Federal realiza nos documentos apresentados pela defesa de Renan Calheiros para comprovar operações de compra e venda de gado - fonte, segundo ele, dos recursos que ele utilizou para pagar a pensão à filha que teve com a jornalista Mônica Veloso - deve ficar pronta até a próxima sexta-feira (17). Segundo Casagrande, a PF ainda não adiantou nada em relação ao conteúdo da perícia ao colegiado.
13/08/2007
Agência Senado
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