Casagrande: "Quintanilha pode ficar na presidência se fizer o processo andar"



O senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse,nesta terça-feira (3) que, em tese, o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) pode continuar na presidência do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, mesmo tendo devolvido à Mesa o processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) - medida destinada a atrasar os trâmites da representação movida pelo PSOL, na opinião de Casagrande.

- Se ele nomear um relator para o caso Renan, estabelecer um plano de trabalho para o conselho e determinar a conclusão da perícia da Polícia Federal nos documentos apresentados pelo presidente do Senado, terá condições políticas de continuar à frente do colegiado - afirmou o senador, em entrevista coletiva.

Sobre as denúncias contra o próprio Quintanilha, cujo nome consta de processo em exame pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Casagrande disse esperar que o presidente do conselho se explique perante seus pares. De todo modo, o parlamentar do PSB é de opinião que a saída de Quintanilha depende dele mesmo, e que se o senador tocantinense não se comportar da forma esperada, restará aos que lhe são contrários pressionar politicamente para que ele renuncie.

- Nós já temos tantos problemas, que se ele colocar o processo para andar será melhor do que ficarmos discutindo sua substituição - opinou Casagrande.

O senador do PSB disse ter considerado uma quebra de confiança da parte de Leomar Quintanilha tê-lo convidado para o cargo de relator do processo contra Renan e, em seguida, retirar o convite. Entretanto, se for chamado novamente para relatar o processo, poderá aceitar, desde que lhe sejam propiciadas as condições políticas para aprofundar as investigações.

No entendimento de Casagrande, foi acertada a decisão da Mesa de devolver o processo ao conselho, para que seja retomado, sem perda do trabalho de apuração já realizado.

- Esse processo só pode se encerrar quando, de posse de todos os elementos, os membros do conselho puderam julgá-lo, de forma a responsabilizar ou inocentar o presidente do Senado - concluiu.



03/07/2007

Agência Senado


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