Casildo Maldaner faz alerta sobre crescimento das doenças endêmicas



O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) alertou o Plenário nesta quarta-feira (dia 13) para o crescimento da incidência de várias doenças endêmicas no Brasil, tais como a malária, a dengue, a tuberculose, a febre amarela e a hanseníase. Segundo afirmou o parlamentar, o país vem assistindo a uma "assustadora reemergência" dessas doenças infecto-contagiosas, várias delas recrudescendo após um período em que haviam sido reduzidas ou controladas.

Na avaliação do senador catarinense, o ressurgimento dessas doenças se deve sobretudo a falhas na vigilância epidemiológica, associadas a mudanças provocadas pela urbanização acelerada, pela ocupação desordenada de novos territórios e pela falta de investimentos em habitação e saneamento, aliados à desinformação e à pobreza generalizada.

- Na base da insuficiência das políticas de saúde do governo está uma deformação básica: cerca de 70% das verbas do setor de saúde destinam-se a hospitais, e o país está assistindo, portanto, a um modelo assistencial que privilegia o atendimento médico em detrimento da prevenção e do controle das moléstias - observou o parlamentar.

Casildo Maldaner registrou que notícias publicadas pela imprensa catarinense informam que as autoridades sanitárias locais se mobilizam, com preocupação, para enfrentar a chegada da dengue à fronteira do estado com o Paraná. De acordo com o senador, a Secretaria de Saúde estadual desenvolve uma campanha junto aos 23 municípios que fazem divisa com o outro estado, onde foram montadas barreiras sanitárias e educativas.

Ao advertir que doenças endêmicas vêm "flagelando dolorosamente a população", Casildo Maldaner ressaltou que, de incidência em áreas regionais restritas, algumas das doenças podem vir a se expandir nacionalmente, como já está ocorrendo com a dengue, considerada o principal problema de saúde na atualidade.

- O agravamento desse quadro de endemias tem um alto custo em termos de sofrimento das pessoas e das famílias, ameaçando a tessitura da sociedade. Afinal, a doença implica em prejuízo econômico e a expansão das endemias acarreta custo multiplicado e agravado, tal como ocorreu em Cuba, onde uma endemia de dengue, na década de 90, gerou significativa perda do PIB - comentou o senador.

13/06/2001

Agência Senado


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