CCJ analisa edição de leis complementares específicas para normatizar finanças públicas
- Além de simplificar o texto constitucional, a PEC racionaliza a atividade legislativa, permitindo que matérias tão díspares como planejamento e orçamento, gestão e contabilidade ou controle e créditos públicos possam receber tratamento específico - explicou em sua justificativa.
Ao apresentar a proposta, Requião baseou-se em decisão anterior do Senado, que aprovou PEC de autoria do então senador José Serra, possibilitando a edição de várias leis complementares reguladoras do sistema financeiro.
Pelo texto da PEC, as leis complementares normatizadoras das finanças públicas deverão dispor "sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual, a gestão e a evidenciação da situação e das alterações patrimoniais, bem como a instituição e o funcionamento de fundos, entre outras normas gerais". O senador peemedebista observou que a regulação de matérias sobre finanças públicas foi estimulada durante a discussão da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Outra vantagem dessa proposta, destacada por Requião, refere-se à possibilidade de, a partir das normas gerais editadas via lei complementar, a União e os Estados exercerem competência residual nessa área, mediante a edição de leis ordinárias. O senador afirmou que as mudanças em foco buscam a separação formal entre as normas gerais, relativas à Federação, e as normas de interesse da União, bem como a especialização das leis complementares nos vários assuntos concernentes às finanças públicas.
10/04/2001
Agência Senado
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