CCJ PRESTA HOMENAGEM A BERNARDO CABRAL



Os senadores da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aproveitaram a última reunião do ano para homenagear o seu presidente, senador Bernardo Cabral (PFL-AM). Durante mais de uma hora, nesta terça-feira (dia 15), os senadores discursaram para elogiar também os senadores que deixam o Senado nesta legislatura e, por vezes, chegaram às lágrimas.O senador Pedro Simon (PMDB-RS) chegou a sugerir a recondução de Cabral à presidência da CCJ por mais um biênio. Ele acha difícil que se encontre na história alguém que tenha presidido a comissão com tanta competência, capacidade, simpatia e grandeza quanto Cabral. "Ele é capaz de levar a bom termo discussões por vezes intermináveis", identificou Simon, que se revelou um profundo admirador de Cabral e de sua biografia.Para o senador Ramez Tebet (PMDB-MS), que iniciou os pronunciamentos, nunca houve período em que a CCJ tenha feito tanto não só pelo Senado como pelo Brasil. "Cabral dirigiu a comissão com competência e coleguismo", disse Tebet, vice-presidente da CCJ.A homenagem da comissão, segundo o senador Romero Jucá (PFL-RR), está sendo feita com muito trabalho. Ele, que sugeriu a realização da homenagem, definiu a presidência de Cabral como séria e decente, engrandecendo a comissão, o Senado e seu partido.Como conterrâneo e contemporâneo de Cabral, o senador Jefferson Péres (PSDB-AM) lembrou que os dois nasceram na mesma cidade, no mesmo ano e no mesmo mês e têm "José" como prenome. "Gostaria de destacar não apenas seus conhecimentos jurídicos e sua correção, mas, sobretudo, um traço de sua personalidade que é ser um mestre na difícil arte das relações humanas", ressaltou Jefferson Péres.O senador Francelino Pereira (PFL-MG) se disse contente com o fato de poder continuar a desfrutar da companhia de Cabral no Senado. "Vossa Excelência sempre se mostrou inteligente e lúcido pela leveza com que diz as coisas mais profundas e ásperas sem perder a graça", analisou Francelino."Seria ocioso repetir as atribuições que o distinguem como cidadão, parlamentar e presidente da CCJ", disse o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE). Para ele, a aprovação da condução dos trabalhos da CCJ por Cabral é unânime.Falando em nome do PTB, o senador Arlindo Porto (MG) ressaltou o equilíbrio e a maneira ponderada com que Cabral se portou, dando a todos a oportunidade de expressão, com justiça e respeito à democracia. "Quiçá possamos tê-lo novamente na presidência desta comissão", desejou Arlindo Porto, em consonância com Pedro Simon.Senador também alvo das homenagens dos colegas, Josaphat Marinho (PFL-BA) lembrou outros momentos em que esteve com Cabral ao longo da história, desde a cassação de seus mandatos até a convivência no Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Deixo o testemunho de meu apreço e apesar de estar deixando o Senado não deixarei a vida pública - teremos a oportunidade de novos encontros", afirmou."Das poucas vezes em que tomou decisão adversa à nossa, o fez com tal elegância e ternura que era impossível não acatarmos a determinação", revelou o senador José Eduardo Dutra (PT-SE), manifestando sua satisfação em conviver com Cabral.O senador Djalma Bessa (PFL-BA) acredita que o presidente da CCJ é "o homem certo, no lugar certo". Para o senador da Bahia, com calma, ponderação, simpatia e competência, Cabral sempre primou pela defesa da Constituição e da cidadania.A posição de Cabral "sempre ao lado da liberdade" e sua coragem foram as características apontadas pelo senador Sérgio Machado (PSDB-CE) como marcantes no presidente da CCJ.Pela convivência que teve com Cabral nos últimos oito anos, o senador Elcio Alvares (PFL-ES) acredita que o presidente da CCJ nasceu para ser diplomata, "o grande chanceler deste país". Em seu discurso, Elcio Alvares aproveitou para apontar as virtudes não apenas de Cabral, mas de cada um dos colegas presentes àquela reunião. "Não tenho dúvida de que Vossa Excelência será convocado para outros vôos, até muito mais altos", disse o senador pelo Espírito Santo.Com a voz embargada pela emoção, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) destacou a forma com que Cabral se pautou na política, sem nunca ter uma reação de rancor ou ódio. "Bernardo Cabral sempre fez a poesia do amor", declarou.Também participaram da última reunião da CCJ no ano os senadores Esperidião Amin (PPB-SC), Leonel Paiva (PFL-DF), Roberto Freire (PPS-PE), Ney Suassuna (PMDB-PB), Carlos Bezerra (PMDB-MT), Ademir Andrade (PSB-PA) e Leomar Quintanilha (PPB-TO).

15/12/1998

Agência Senado


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