Cegonheiros gaúchos impedidos de trabalhar no Paraná
Os cegonheiros gaúchos que fazem o transporte de veículos da Renault do Paraná estão enfrentando problemas com o cartel exercido por empresas multinacionais. A denúncia foi trazida no final da tarde de hoje (02/05) pela Gabardo, Logística e Transporte de Veículos, através do proprietário, Sérgio Gabardo, ao presidente da Assembléia Legislativa do Estado, deputado Sérgio Zambiasi.
O diretor da empresa gaúcha, com atuação em todo o país, estava acompanhado do deputado Luiz Augusto Lara(PTB) e de carreteiros prejudicados. De acordo com Sérgio Gabardo, a sua empresa encampou os cegonheiros gaúchos que foram impedidos de transportar os veículos produzidos pela GM no parque de Gravataí, devido à pressão do cartel multinacional há dois anos. Os cegonheiros foram contratados pela Gabardo para fazer o transporte dos veículos fabricados pela Renault paranaense. E,para isto, tiveram que adquirir caminhões novos, pardronizados conforme exigência da montadora.
Detentora de 65% do transporte de veículos para o Mercosul, a Gabardo foi pressionada a vender a empresa para o cartel, conforme revelou o seu proprietário. Mas, como negou-se a concretizar a venda, o cartel teria solicitado à montadora francesa a quebra de contrato, que ocorreu no dia 24 de abril passado. Diante disto, a Gabardo foi obrigada a demitir os cegonheiros. Preocupado com isto, Sérgio Gabardo veio ao Legislativo gaúcho solicitar a intervenção do Parlamento na questão.
O presidente da Assembléia se comprometeu a intervir no assunto, e se dispôs a formar uma comissão especial para analisar o problema dos cegonheiros gaúchos. O deputado Lara irá agilizar a medida, visando a uma solução para o problema que está atingindo os carreteiros gaúchos que atuam no Paraná.
05/02/2002
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