Celso Amorim debaterá crise política na América do Sul com senadores



O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, comparece a reunião da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), às 15h desta quarta-feira (12), para expor a posição do governo brasileiro diante da crise política iniciada com o ataque da Força Aérea da Colômbia a um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que se encontrava em território do Equador.

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Requerimento com este objetivo foi apresentado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP). O comparecimento de Amorim, segundo o petista, permitirá que o Senado e a população brasileira tomem conhecimento das "tratativas" do governo brasileiro para o restabelecimento da paz na região.

Ao apresentar seu requerimento, Suplicy lembrou que o segundo homem da hierarquia das Farc, Raúl Reyes, foi morto durante bombardeio do acampamento localizado a 1800 metros da fronteira, já dentro do território equatoriano. O senador lembrou também que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, determinou, logo em seguida, o envio de dez batalhões militares à fronteira com a Colômbia.

Ao comentar a crise política no continente, o senador Fernando Collor (PTB-AL) manifestou sua satisfação com o encaminhamento da questão pela Organização dos Estados Americanos (OEA), onde um acordo preliminar entre o Equador e a Colômbia reduziu a tensão entre os dois países. Mas alertou para a permanência de fatores que têm motivado a instabilidade regional, como o "ímpeto armamentista" da Venezuela.

Por sua vez, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) advertiu que a América do Sul pode estar "às vésperas de um conflito imprevisível".

A comissão aprovou também requerimento de informações ao Ministério das Relações Exteriores, apresentado por Fernando Collor, em que solicita uma relação de atos bilaterais e multilaterais atualmente em negociação pelo governo brasileiro. Pede ainda uma justificativa do governo brasileiro sobre o interesse nacional envolvido na negociação.

Para Collor, a comissão não deveria apenas aprovar os acordos internacionais "como se fossem medidas provisórias". Os parlamentares, em sua opinião, deveriam tomar conhecimento dos documentos antes mesmo de serem assinados pelo presidente da República.



06/03/2008

Agência Senado


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