Centro de lançamento da FAB alcança marca histórica



O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado em Parnamirim (RN), alcançou marca histórica ao realizar o rastreio de número 200 da parceria com Agência Espacial Europeia (ESA). Na ocasião, o veículo rastreado foi o lançador Soyouz, famoso por representar a conquista do espaço.

“A participação do CLBI na operação consistiu em fazer o rastreamento do lançador em sua visibilidade radioelétrica. Desse modo, a instituição continua indispensável para a realização dos sonhos da ESA e do mundo”, explica a Engenheira Maria Goretti Dantas, Chefe da Seção de Interface entre o CLBI e o Centro Espacial Guianês (CSG).

Desde 1977, quando começou a cooperação internacional, os veículos rastreados pelo centro brasileiro levaram quase 350 satélites ao espaço. Os lançamentos da Agência Espacial Européia são efetuados no CSG, localizado em Kourou, na Guiana Francesa. No processo de lançamento dos seus foguetes, a ESA conta com uma rede internacional de rastreio em telemedidas, que coleta e envia dados sobre os voos para o centro europeu. Entre eles está o CLBI, único colaborador cuja estação não é operada por técnicos da Europa ou de países membros da ESA.

Apesar do rastreio de número duzentos ter sido realizado com o veículo Soyouz, foi com a família de lançadores de satélites Ariane que a parceria se consolidou ao longo do tempo. A importância do trabalho conjunto das duas instituições é refletida nos números: somente do Ariane foram 198 rastreios realizados pela estação do Brasil. Em 2013, oito operações de rastreamento, das quais duas foram de qualificação, três do Ariane e duas do Soyouz, foram concluídas em solo brasileiro. “Poucos centros do porte do CLBI conseguem ter essa cadência de operações”, conta Goretti.

Sobre o Soyouz

O veículo Soyouz lançou, em 1957, o primeiro satélite, o Sputnik, e em 1961 enviou o primeiro homem ao espaço, Yuri Gagarin. A versão modernizada do Soyouz, utilizada atualmente pelo CSG, é adaptada à missões habitadas ou não, e supre a demanda do mercado de satélites de telecomunicações e as missões científicas. O Soyouz tem aproximadamente 46 metros, pesa 308 toneladas e é movido a oxigênio líquido e querosene.

Fonte:
Força Aérea Brasileira 

 



30/12/2013 15:52


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