Centro de monitoramento amplia vigilância da chuva no RJ



O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) instalou 309 pluviômetros e seis estações hidrológicas no estado do Rio de Janeiro.

Os equipamentos para medir o volume de chuva e o nível dos rios vêm sendo instalados em áreas de risco desde junho, com o objetivo de antecipar o risco de deslizamentos, enchentes e inundações.

Estão em operação no território fluminense 252 pluviômetros automáticos e 57 semiautomáticos. Outros 219 do segundo tipo estão em processo de instalação.

Os pluviômetros foram entregues a prefeituras, órgãos estaduais, instituições de pesquisa e entidades civis pelo centro nacional, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, explicou que o foco principal é salvar vidas. Ele avaliou que os avanços permitiram evitar vítimas no contexto das fortes chuvas desta semana.

“No exemplo desse grande e intenso desastre natural, de inundações e deslizamentos, que o Rio de Janeiro acaba de viver, esse princípio [da necessidade de monitoramento e prevenção] foi amplamente demonstrado”, disse Nobre.

“Ainda que infelizmente tenha havido algumas mortes, foram de pessoas que caíram na correnteza de rios que se avolumaram muito rapidamente. Mas não houve mortes associadas à intensidade de chuvas como víamos no passado”, completou o secretário. 

“Isso mostra que o sistema começa a dar os primeiros resultados”, comentou Nobre, em entrevista ao programa de rádio A Voz do Brasil.

Salvar

O Cemaden adquiriu 1.500 pluviômetros automáticos e 1.100 semiautomáticos para todo o país. As informações por eles coletadas são enviadas para o servidor da unidade, que automaticamente os processa e armazena.

Os dados desse banco são instantaneamente disponibilizados em uma plataforma de monitoramento, denominada Salvar, que subsidia os pesquisadores e técnicos que acompanham o risco de desastres no Brasil.

Os medidores semiautomáticos são operados por equipes locais especialmente treinadas pelo Projeto Pluviômetros nas Comunidades. As inscrições para participação na iniciativa, voltadas a entidades públicas ou sem fins lucrativos, ainda estão abertas.

Caberá a essas instituições parceiras oferecer o local para os equipamentos e zelar por sua conservação, ao passo que o governo federal cuidará de treinamento de pessoal e manutenção.

Estações 

As estações hidrológicas (PCDs hidrométricas, na denominação técnica) para o monitoramento hidrológico remoto e automático dos rios ficam em Angra dos Reis (duas), Areal, Queimados, São José do Vale do Rio Preto e Sumidouro. Também serão instaladas em Magé/Guapimirim, Cachoeira do Macacu, Itaipava, Niterói/São Gonçalo e São Gonçalo.

Essas estações monitoram nível (usando sensor tipo radar) e precipitação (com pluviômetro de báscula), e incluem uma webcam integrada ao datalogger de maneira a permitir registros fotográficos em tempo real da situação do rio, principalmente no que diz respeito a enxurradas, erosão de margens e alagamento do núcleo urbano. Essas informações são transmitidas pelas redes de telefonia celular.

Sensores

Quatro municípios fluminenses receberão sensores geotécnicos para o monitoramento de movimentos de massa, como deslizamentos e desmoronamentos.

Cada conjunto inclui uma estação total robotizada, composta de 100 prismas, e 15 plataformas de coleta de dados de umidade do solo, que dispõem de um pluviômetro e seis sensores de umidade.

Assim, ao todo serão instalados quatro estações totais (400 prismas) e 60 pontos de monitoramento de umidade do solo na Região Serrana (Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo) e em Angra. Esses equipamentos estão sendo adquiridos com previsão para instalação a partir de março.

Confira tabela.

Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação



14/12/2013 13:06


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