Cerimônia celebra patente número 500 da Unicamp



O diretor da Inova Unicamp, Roberto Lotufo, atribuiu a toda a equipe a chegada à patente

Conduzida pelo reitor José Tadeu Jorge, a cerimônia que celebrou a patente de número 500 da Unicamp, realizada nesta segunda-feira, 17, na Sala do Conselho Universitário (Consu), contou com um convidado especial: o presidente do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), Jorge Ávila. “É interessante ver como a inovação surge com um valor para o bem-estar humano. A população merece ter acesso a este produto”, disse Ávila, referindo-se ao produto que gerou a patente: um creme à base de insulina capaz de acelerar a cicatrização de ferimentos em portadores de diabetes. “Temos de fazer um esforço para obter registro para que o produto seja colocado ao alcance de todos”, enfatizou.

Ávila se diz satisfeito com a maneira como as universidades abraçaram a idéia de inovação. “Era difícil, há algum tempo, falar sobre transferência tecnológica nas universidades, mas a Unicamp é uma das locomotivas dessa transferência e permite uma relação aberta com outras instituições”. Para ele, a Universidade tem se destacado não apenas com feitos isolados, mas também pela maneira de organizar a capacidade de produzir ciência e tecnologia aplicada ao bem-estar humano.

De acordo com o médico Mário Saad, um dos autores da patente, a pomada já é testada em 15 pacientes, mas a idéia é chegar a cem usuários. Ele enfatizou que os estudos feitos pelo Laboratório de Biologia Molecular da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) têm similaridade com pesquisas da área de biomédica de outros lugares do mundo, mas diferencia-se por acelerar a cicatrização das feridas.

A enfermeira Maria Helena Lima, co-autora da patente, salientou que se o produto for capaz de reduzir de um ano para um mês o processo de cicatrização, a equipe está satisfeita. “Até agora os resultados são animadores. Normalmente, algumas feridas em diabéticos levam um ano para cicatrizar. Se reduzirmos para um mês, já é uma vitória”, declara. Outra qualidade do produto, segundo Maria Helena, é a não-absorção de insulina. “Isto evita que existam efeitos colaterais”.

O diretor da Inova Unicamp, Roberto Lotufo, atribuiu a toda a equipe a chegada à patente 500. “A primeira coisa para se conseguir gerir uma

política de inovação em uma instituição como a Unicamp é contar com pessoas extremamente capacitadas. Mas ainda temos um longo caminho a percorrer”, disse. Ao encerrar a cerimônia, o reitor Tadeu Jorge augurou muitas novas patentes para os próximos meses, dizendo mesmo contar, para breve, com nova visita do presidente do INPI, ainda em sua gestão, para receber pessoalmente o pedido de registro da patente de número 600.

Da Unicamp



12/18/2007


Artigos Relacionados


Renan participa de cerimônia de quebra de patente de remédio para tratamento da Aids

Unicamp: patente com marca registrada é transferida

CIAAR celebra 30 anos em cerimônia especial

Sarney celebra queda no número de casos de Aids

Vestibular: Unicamp amplia número de candidatos isentos de taxa

Especial D.O.: Convênio da Unicamp e ANJ pretende ampliar número de projetos entre jornais e escolas