César Borges conclama o governo a tomar decisões rápidas sobre política energética
O senador César Borges (PFL-BA) conclamou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva a tomar decisões rápidas em relação à política energética. Segundo disse ele nesta segunda-feira (14), não haverá retomada do crescimento se não houver investimentos da ordem de R$ 13,8 bilhões por ano, em geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
- A indefinição sobre o modelo a ser seguido, se com investimentos públicos, privados ou parcerias entre os dois setores, está trazendo insegurança a todos os agentes, especialmente diante do discurso do governo sobre intenção de modificar regras relativas às agências reguladoras de petróleo, energia elétrica e outras - argumentou.
César Borges frisou que a sociedade brasileira exige decisões rápidas e coesas sobre os temas econômicos, que devem resultar na retomada do crescimento econômico e na geração dos empregos prometidos durante a campanha eleitoral.
Conforme o senador, o governo Lula, -sem cerimonia, mudou seu discurso- depois que chegou ao poder. Após criticar duramente o seguro-apagão adotado pelo governo Fernando Henrique Cardoso para combater a escassez energética, agora a ministra de Minas e Energia Dilma Rousseff afirma que ele pode virar imposto permanente.
Segundo o senador pela Bahia, o dado mais preocupante sobre energia elétrica no país foi a notícia, publicada pelo jornal Estado de S. Paulo, mostrando que as obras de 25 usinas hidrelétricas licitadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estão com o cronograma atrasado. Outras 30 sequer foram iniciadas, por falta de licenças ambientais que demoram, em média, um ano para serem autorizadas.
César Borges destacou que uma usina hidrelétrica leva cerca de quatro anos para ser construída, portanto, sem investimentos maciços e urgentes, não haverá energia elétrica. Sem ela, não poderá haver crescimento econômico e geração de empregos.
- É fundamental que o governo efetivamente aja como governo e apresente seus planos para o setor energético nacional, sem mais delongas - reiterou o senador.
14/07/2003
Agência Senado
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