César Borges diz que situação no campo "é gravíssima"



O senador César Borges (PFL-BA) afirmou nesta segunda-feira (7) que a situação do campo no Brasil -não é assunto sério, mas gravíssimo-. Ele responsabilizou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter usado o encontro com os dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na semana passada, para fazer -apenas pirotecnia-, o que não contribuiu para levar a paz ao campo.

- Na verdade, o país inteiro está devidamente preocupado com a situação do campo, que foi levada a um nível insuportável pelo MST. A reunião do presidente com os dirigentes do movimento não resultou em nenhum acordo para suspender ações de ocupação de propriedades, que contrariam a lei e estado de direito - disse.

Para o senador, o atual governo, que adotou o social como sua principal meta, está demonstrando menos eficiência do que anterior, que, -bem ou mal assentou milhares de pessoas-. Ele disse que, após seis meses, o atual governo assentou apenas 4 mil famílias de agricultores e promete assentar 60 mil no segundo semestre, apesar de faltarem recursos orçamentários para alcançar esse nível.

César Borges também leu artigo do senador Ramez Tebet (PMDB-MS) publicado na edição desta segunda do jornal O Globo, no qual o ex-presidente do Senado alerta a sociedade para os riscos de um conflito agrário de grandes proporções, em conseqüência da atitude tolerante do governo em relação às ações do MST. Ele pediu a incorporação do artigo de Tebet ao seu discurso -pela justeza de suas palavras-.



07/07/2003

Agência Senado


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