César Borges pede explicações sobre aplicações no Banco Santos



O senador César Borges (PFL-BA) apresentou requerimento de informações ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, sobre aplicações de dinheiro público de entidades da administração federal, direta e indireta, no Banco Santos, agora sob intervenção do Banco Central. Ele entende que esses administradores podem ser responsabilizados por gestão temerária de recursos públicos, uma vez que o Banco estava em dificuldades financeiras havia mais de cinco anos.

César Borges disse que estão circulando informações de que a Petrobras, a Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e até o fundo de pensão dos funcionários do Banco Central (Centrus) teriam vultosos recursos públicos aplicados no Banco Santos, e estariam, agora, correndo o risco de sofrer prejuízos.

- O que leva administradores de dinheiro público a fazer aplicações em bancos privados em dificuldades? Por que não aplicar no Banco do Brasil? Há dúvidas no ar sobre os critérios usados por esses administradores. Assim, é de interesse do próprio governo esclarecer os fatos, divulgando a verdade - afirmou.

O senador disse considerar normal que especuladores procurem aplicações de maior risco, para obterem mais lucro, mas observou que administradores de dinheiro público devem procurar segurança em primeiro lugar, para não darem prejuízo aos cofres públicos.

César Borges pediu celeridade a Palocci no fornecimento das informações, sem esperar os 30 dias regulamentares para resposta ao requerimento, por entender que a população e o mercado financeiro têm direito a esclarecimentos sobre o assunto. Ele também fez um apelo à líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), presente à sessão, por esclarecimentos sobre o assunto. A senadora disse que há muito interesse, até mesmo do PT, em conhecer a verdade, uma vez que o próprio partido tinha dinheiro no Banco Santos.

Em aparte, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse ter apresentado requerimento de informações a Palocci sobre aplicações de estatais do Paraná no Banco Santos. Ele frisou que esses administradores precisam ser responsabilizados por gestão temerária de recursos públicos, caso essas informações estejam corretas.



18/11/2004

Agência Senado


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