CFC aprova subcomissão para avaliar o Caixa Único do Estado



A Comissão de Fiscalização e Controle da Assembléia Legislativa aprovou ontem à tarde o requerimento do deputado Bernardo de Souza (PPS), solicitando a instalação de uma subcomissão mista para analisar a gestão do Caixa Único do Estado. A criação da subcomissão foi aprovada por dez votos favoráveis - três a mais do que o necessário. A subcomissão incluirá também a Comissão de Finanças e Planejamento, que deve votar hoje o mesmo requerimento. “A idéia da subcomissão é a mais branda e discreta alternativa que dispõe a Assembléia para avaliar a situação do Caixa Único”, afirmou o autor da proposta. Bernardo de Souza também declarou que a subcomissão, mista com a comissão de Finanças, garante uma composição múltipla, misturando governistas e oposição. Segundo o presidente da CFC, deputado Berfran Rosado (PMDB), se o requerimento não for aprovado na comissão de Finanças, a subcomissão ficará restrita à Fiscalização e Controle, que aprofundará a análise sobre a gestão do Caixa Único. Berfran também lembrou que a subcomissão vai servir para responder algumas perguntas que ainda estão no ar, e sobre as quais ainda não houve explicações do secretário da fazenda. “O Caixa Único foi desvirtuado. A centralização dos recursos era para melhorar as aplicações e hoje está servindo para aumentar o endividamento do Estado. É necessário adequar a utilização do Caixa Único ao que prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal. É preciso criar um plano de reposição para os recursos utilizados de forma indevida. É preciso transparência na publicidade sobre a real situação financeira do Estado”, afirmou, referindo-se à reunião da última semana, quando os parlamentares ouviram o diretor do Sindicato dos Auditores Fiscais de Finanças Públicas do Estado (SINDAF), Roberto Calazans. Os integrantes da CFC também ouviram ontem o auditor do Tribunal de Contas e professor da Faculdade de Direito da Ufrgs, Cézar Santolin, que falou sobre as possíveis repercussões causadas pelos reiterados saques no Caixa Único sob o ponto de vista da Lei de Responsabilidade Fiscal. Conforme Santolin, se a conduta do administrador tende ao desequilíbrio, e se o mesmo não apontar os meios e medidas que serão adotadas para solucionar o problema, estará em desacordo com a LRF. “As sanções previstas podem ser tanto de natureza administrativa, via Tribunal de Contas ou Legislativo, e até mesmo penal, uma vez que a desobediência da LRF está inserida entre os crimes fiscais”, afirmou o auditor.


08/30/2001


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